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Os governadores da Amazônia Legal reclamam mais dinheiro do que recebem

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Múltiplas tarefas

"Dinheiro fede, mas eu vou querer o meu", refrão de divertido funk de Cidinho General, insinua que não importa a origem, desde que o vil metal seja usado para satisfazer necessidades. Com mais elegância e seriedade, os governadores do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, reunidos recentemente, também reclamam mais dinheiro do que recebem.

O apelo está no documento que sintetizou seu 27º Fórum, realizado em Rio Branco. "Esta carta", segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, presidente do Consórcio, "trata também de desafios tributários para que nós aumentemos os recursos de repasses dos fundos de participação dos Estados, particularmente os Estados das regiões Norte e Nordeste, que dependem dos repasses constitucionais para compor as suas receitas".

Cada Estado tem urgências que justificariam reforço de recursos, mas não se pode negar que as responsabilidades e obrigações dos estados amazônicos vão além de qualquer emergência local: precisam se estruturar para contribuir de forma dupla em favor de interesses múltiplos.

Tais interesses estão na estruturação, desenvolvimento e viabilização da bioeconomia, alavancagem social, complementação da infraestrutura, integração e relações internacionais. Duplamente por se esperar deles a redução do desequilíbrio ambiental na região e amenizar o clima mundial.

Contra todos

Os caciques políticos rondonienses, com interesses na disputa do governo do estado e das duas cadeiras ao Senado em 2026, vão fazer de tudo para derrotar a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), ungida do prefeito Hildon Chaves (PSDB) na peleja para a prefeitura de Porto Velho. Mariana eleita representa reforçar o projeto da dobradinha Hildon Chaves ao governo e Marcos Rocha ao Senado no pleito de 2026. Portanto Hildão e Mariana vão lutar contra tudo e contra todos, numa parada indigesta. Os adversários estão se armando.

Fazendo as contas

Aliados do prefeito Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha, envolvidos na campanha de Mariana, cuja candidatura será sacramentada pelo União Brasil nas convenções de julho, acreditam que com as maquinas da prefeitura e do CPA, a postulante super chapa branca pode até vencer a parada em primeiro turno. Na oposição, as contas são bem diferentes. Argumenta-se que são muitos candidatos fracionando o eleitorado e o representante oposicionista que disputar o eventual segundo turno com Mariana vai levar a melhor Como se vê, são expectativas bem diferentes.

Baita largada

Apostando na tradição de grandes zebras nas eleições em Porto Velho, os casos mais conhecidos são de Roberto Sobrinho (PT) e Hildon Chaves (PSDB) que largaram na rabeira e chegaram na dianteira, já se somam 12 candidatos na peleja pelo Prédio do Relógio. Alguns nomes sem condições de se eleger sequer ao cargo de vereador ou a função de inspetor de quarteirão do bairro JK ou de presidente de bairro na Vila Sapo. Acreditam na tradição das reviravoltas, das surpresas recorrentes na política local. Corro os bairros na busca da zebra da temporada, até agora não identifiquei.

Quebrando tabus

Assim como o ex-governador Ivo Cassol (PP), o ex-governador e atual senador Confúcio Moura (MDB), possíveis rivais em 2026, por novo mandato no CPA, estão escolhendo a dedo seus candidatos a prefeito nos principais polos regionais do estado. Lembrando que ambos são ótimos e imbatíveis em confrontos diretos contra os oponentes, mas pés frios ao extremo no apoiamento a outros candidatos na capital. Ivo e Confúcio são patas de coelho ao contrário, não elegem nem esposas e irmãs a cargos eletivos. Querem quebrar a tradição negativa com relação aos seus ungidos em 2024.

A velha guarda

Da velha guarda rondoniense, falo daqueles dos anos 80, poucos ainda estão na ativa. Tomás Correia se acomodou como fazendeiro, José Guedes exercendo a advocacia, Tião Valadares cuidando dos seus negócios. Amir Lando não vai disputar cargos eletivos nestas eleições municipais. José Bianco, Oswaldo Piana, Assis Canuto e Divino Cardoso penduraram as chuteiras. Nilton Capixaba escafeu-se. Mas fala-se nos bastidores que expoentes das décadas passadas como o ex-senador Ernandes Amorim vão disputar a prefeitura de Ariquemes pelo PSB e o ex-prefeito Melki Donadon cotado para a peleja em Vilhena

Via Direta

*** Depois da Rondônia Rural Show internacional em Ji-Paraná, que abrirá no próximo dia 20, entrará em curso o calendário de exposições agropecuárias em Rondônia exibindo todo vigor do agronegócio rondoniense *** São eventos que fomentam os negócios também em hotéis, bares, restaurantes e lojas em polos regionais do porte de Ariquemes, Cacoal e Vilhena.


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