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Existem outros dois poderes paralelos no Brasil. O crime organizado e as ONGs

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Além das eleições

As crianças aprendem na escola que no Brasil há três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e três esferas de ação desses poderes (federal, estadual e municipal). É possível que ao crescer e se informar os pequenos venham a aprender algo que não é ensinado nem em universidades: existem outros dois poderes paralelos - o crime organizado, pelo mal, e, não se sabe até que ponto bem ou mal, as ongs. Ambos metem cunhas em todos os poderes e esferas com dinheiro, mobilização física e ação virtual.

O ex-embaixador Rubens Barbosa, ex-embaixador e presidente do Instituto Relações Internacionais e Comércio Exterior (Irice), supõe que esses poderes estendidos e paralelos criam um problema de soberania na Amazônia, ou seja, quebras no controle do território brasileiro, que deveria caber ao Estado nacional e não a interferências externas.

As escolas também não ensinam, mas a vida comprova que os poderes do Estado custam muito e ainda assim possuem deficiências gritantes. A principal delas é permeabilização a interesses de grupos e de ídolos populares que individualizam a política e a impedem de ser a ação geral das comunidades e povos. Os ex-presidentes Fernando Collor (por perda de mandato) e Jair Bolsonaro (impedido de cumprir promessas) ensinaram com sobras que o exercício individual do poder e quedas de braço entre os três poderes desunem a nação e atrasam as medidas corretivas

Os financiamentos

As novas regras de financiamentos imobiliários divulgados pela Caixa Econômica Federal, exigindo na entrada 30 por cento do valor do imóvel para financiamento dos mutuários, pegaram as imobiliárias de Porto Velho de surpresa. Havia até uma reação nas vendas, mas com esta medida da esfera econômica do governo Lula os negócios desandaram de vez. O que se projetava um natal gordo, agora se prevê uma festividade miada. Talvez seja possível aos corretores ainda lamber alguns ossinhos de frango assado nas padarias regados a Dydyo.

Um sonho

Cacoal e a pujante região do café sempre tiveram um sonho, o de eleger um governador, façanha conquistada por Ji-Paraná com José Bianco, em Rolim de Moura com Valdir Raupp e Ivo Cassol e Ariquemes com Confúcio Moura. Vilhena também teve seu governador, mas nomeado, Ângelo Angelim. Cacoal até teve lideranças de porte para disputar o cargo, caso de Divino Cardoso, mas ele sempre recuou devido a contrariedade dos seus familiares. Agora, com o prefeito reeleito Adailton Fúria (PSD), a Região do Café volta a acalentar a aspiração de emplacar seu primeiro governador. Ele tem qualidades e isto ficou provado com sua reeleição com quase 84 por cento dos votos.

Carlos Sperança

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