A cadeia produtiva
Para calar a boca dos pretensos "nacionalistas" que acusam as instituições internacionais de não pensar nos pobres da Amazônia, tarefa que na verdade cabe aos políticos nacionais, em meados de maio uma equipe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ciceroneada pelo secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará, Giovanni Queiroz, visitou o arquipélago do Marajó para avaliar a implementação de projetos de assistência técnica voltados à cadeia produtiva do açaí.
Especificamente, naquela área, estudou-se a aplicação de um programa financiado pelo governo britânico para impulsionar atividades de baixo carbono na Amazônia com o montante de R$ 4,8 milhões. O papel da missão do BID é conciliar o programa com as necessidades locais, no sentido de garantir que os recursos sejam de fato destinados a beneficiar os produtores de açaí, de modo a impulsionar a economia local com foco em sustentabilidade. Tarefa cumprida, o BID liberou efetivamente os recursos em apoio ao sistema agroflorestal e à produção de açaí.
O valor não chega a ser uma fortuna, mas a providência de direcioná-lo a quem realmente precisa é necessária, considerando o histórico brasileiro de malversação de recursos e aplicação de verbas com desvios de finalidade, indo para as campanhas eleitorais dos políticos mais corruptos. Onde há orçamentos secretos é natural que se suspeite de haver malandragem.
Projetos definidos
Os governadores dos estados do Acre, Gledson Cameli, e o de Rondônia, coronel Marcos Rocha deixam os respectivos governos em abril do ano que vem para disputar cadeiras ao Senado. Tanto lá, como por aqui o bolsonarismo é forte. Em Rondônia, já se sabe, que o ex-presidente Jair Bolsonaro não emprestará seu apoio ao vice-governador Sergio Gonçalves, do União Brasil, e sim ao Senador Marcos Rogério (PL). No Acre, o apoio do ex-presidente será para o senador Marcio Bittar, que ingressa no PL em agosto, com grande festa no vizinho estado, deixando de lado também a vice-governadora Mailza do Acre na disputa o governo estadual.
Com sucesso
Depois de ter perdido a cadeira na Câmara Federal com o processo de recontagem de votos, o grande objetivo agora do deputado federal Eurípedes Lebrão (União Brasil-RO) é conseguir se manter no cargo até o final do seu mandato e ele tem obtido sucesso na sua empreitada. Com sucessivos recursos ele tem adiado a posse do suplente Rafael Fera. Tem concorrido a seu favor o apoio da mesa diretora da Câmara dos Deputados que tem procrastinado seguidamente a posse do ex-vereador de Ariquemes. A decisão da posse do suplente já ocorreu em instância superior, mesmo assim Lebrão vai se garantindo no cargo.
Cidade suja
O programa Cidade Limpa, do prefeito Leo Moraes, precisa ser estendido a região do porto Cai N’Agua, onde fica o complexo turístico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, infestado de urubus. Nossa região portuária, infelizmente é um cartão postal às avessas da capital rondoniense, onde predomina a prostituição, o tráfico de drogas e os chamados bares fura-buchos. Os passageiros que desembarcam por lá, oriundos de Manaus e dos distritos de Porto Velho, constantemente são vítimas de assaltos dos chamados "noiados". É coisa de louco!
A desmoralização
Dando sequência ao seu programa de desmoralização das obras do ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB), o atual prefeito Leo Moraes (Podemos) retirou todo asfalto da Av. Calama nas proximidades do populoso bairro Cristal da Calama e está instalando uma nova pavimentação, justificando a medida em virtude da defeituosa compactação do solo que causou problemas na obra durante o inverno. Leo deve ter razão, pelo menos neste caso, já que o ex-secretário de Obras e o ex-prefeito não reclamaram da medida adotada pela atual gestão. Neste caso, não se vê perseguição política e sim correção de rumos mesmo.
Via Direta
*** Um plano turístico para a pesca esportiva será lançado hoje pelo governo de Rondônia. O turismo tem sido pouco explorado tanto pelo município de Porto Velho como pelo governo estadual e agora se vê um planejamento neste sentido *** Visando acomodações na esfera estadual, o governador Marcos Rocha anuncia uma reforma no seu secretariado. As mudanças já têm a ver com as eleições do ano que vem *** Mesmo com a rejeição política dos filhos do ex-presidente Bolsonaro e de boa parte da base aliada conservadora, Michele Bolsonaro vai ganhando espaço na aliança para ser a candidata à presidência da República com o impedimento do marido que se tornou inelegível.
Carlos Sperança