Indiscutivelmente o longa "Casablanca" é um daqueles clássicos imortais. Quem nunca o assistiu pelo uma vez? Perdi a conta de quantas vezes o revi e sempre com a mesma emoção. O filme foi parodiado centenas de vezes, inclusive a Warner produziu uma versão em desenho animado estrelada por ninguém mesmo que o Pernalonga, Patolino, Gaguinho e companhia.
Tudo no filme, apesar do caos nos bastidores, é maravilhoso, do elenco aos diálogos, da direção à trilha sonora, sem esquecer de mencionar a bela fotografia em preto e branco. "Casablanca" é o sexagésimo filme do diretor Michael Curtiz, que tem no currículo obras como "As Aventuras de Robin Hood", "Capitão Blood" e tantos outros. A trama é uma história de amor com a segunda guerra como pano de fundo. Tem ação, aventura, romance, traição, reviravolta e um final arrasador, inclusive, o desfecho foi homenageado no último capítulo da telenovela "Roque Santeiro".
"Casablanca" tem Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, como Rick Blaine e Ilsa. Tem Paul Henreid como o herói da resistência perseguido pelos nazistas, principalmente, o coronel Strasser, vivido por Conrad Veid. Tem Claude Rains como o ambíguo capitão Renault. O pianista Sam e seu piano animando as noites do Rick Café - "De todos os bares do mundo, ela entrou justamente no meu", resmunga bêbado e desiludido Rick. Ele pede para Sam tocar "As Time goes by". "Se ela aguenta, eu também aguento", responde quando Sam se recusa a tocar. Haja coração.
Ah, não podemos esquecer as participações de Peter Lorre intérprete de Ugarte e o comerciante Ferrari vivido pelo ator Sidney Greenstreet. Todos impecáveis em seus respectivos papéis.
Ilsa e Rick sempre terão as lembranças de Paris. Para felicidade dos fãs e cinéfilos nós sempre teremos "Casablanca".
Humberto Oliveira