A gestão de uma Instituição de Ensino Superior (IES) vai além de questões administrativas; é uma peça-chave para garantir a excelência acadêmica, científica e social. Para que uma universidade alcance seus objetivos, seus líderes devem combinar competência técnico administrativa com um forte compromisso com a produção de conhecimento. A liderança nas universidades e nas agências de quality assurance (QA) precisa servir como exemplo, refletindo os mais altos padrões acadêmicos.

Contexto e antecedentes:

A gestão de uma universidade não deve se limitar à administração de recursos, mas sim incluir uma compreensão profunda da ciência, da inovação e das demandas sociais e tecnológicas. Um gestor sem uma trajetória acadêmica consistente pode ter dificuldades para captar o papel fundamental da universidade na sociedade.

Essa mesma lógica se aplica às agências de QA, que são responsáveis por garantir a qualidade do ensino superior. Líderes que não vivem a realidade acadêmica e não estão envolvidos em pesquisas perdem legitimidade ao tentar garantir padrões de excelência. A falta de engajamento com o ambiente acadêmico dificulta a implementação de uma verdadeira cultura de qualidade.

Detalhes principais:

Um gestor universitário deve ir além da administração burocrática e atuar ativamente na promoção da ciência e do pensamento crítico. Nas agências de QA, os líderes precisam ser exemplos de integridade e compromisso acadêmico, e, como em qualquer área, o exemplo vem de cima. Não é realista esperar que professores e pesquisadores sigam altos padrões se os líderes das instituições não fizerem o mesmo.

Como destacou Drew Faust, ex-presidente da Universidade de Harvard: "As universidades são o lugar onde o conhecimento é gerado, preservado, e transmitido; elas precisam de líderes que personifiquem esse compromisso com o saber em todas as suas facetas." Sua citação reforça a importância da liderança exemplar na educação.

A famosa frase "as ações falam mais alto que as palavras" também reforça a importância de uma liderança exemplar. Líderes acadêmicos não apenas coordenam, mas devem inspirar. Para isso, precisam ser figuras ativas na pesquisa, no ensino e na reflexão crítica, demonstrando o que significa alcançar a excelência.

A citação de Albert Schweitzer "o exemplo não é a principal coisa em influenciar os outros; é a única coisa" sublinha a relevância de gestores e líderes acadêmicos vivenciarem plenamente o papel que ocupam. Somente aqueles que experimentam o mundo acadêmico em seu nível mais elevado estão verdadeiramente aptos a gerir e garantir a qualidade da educação superior de forma eficiente.

Impacto e repercussão:

A ausência de gestores com uma formação acadêmica sólida pode impactar diretamente a qualidade da instituição e sua capacidade de atender às demandas contemporâneas. Uma liderança desconectada da academia compromete a inovação e o desenvolvimento da universidade, afetando a qualidade do ensino, a produção científica e, consequentemente, sua credibilidade.

No mesmo sentido, agências de QA lideradas por profissionais sem vivência acadêmica perdem a autoridade necessária para garantir padrões rigorosos. O resultado é uma fragilidade no processo de avaliação e acreditação, afetando tanto a confiança dos alunos quanto a competitividade das instituições no cenário global.

Para que as instituições de ensino superior e as agências de QA alcancem excelência, é essencial que seus líderes sejam o exemplo que desejam promover. A gestão eficaz e o compromisso com a produção científica são elementos indispensáveis para garantir que a educação superior esteja preparada para enfrentar os desafios de um mundo em constante mudança. O exemplo que vem do topo não apenas influencia, mas molda a cultura de excelência e inovação em toda a instituição.

Amplie seu conhecimento sobre o assunto pesquisando por:

- Relatórios de quality assurance em instituições de ensino superior

- Estudos sobre governança em instituições educacionais

- Citações de Drew Faust e Albert Schweitzer

Gabriel César