Brasil

Adolescente volta para casa após ser dada como desaparecida e enviar mensagens estranhas ao pai

Polícia Civil encerrou as investigações após Kamylla Kemylle da Silva, de 14 anos


Imagem de Capa

Kamylla disse ao pai que estava bem

Foto: Arquivo Pessoal

PUBLICIDADE

A adolescente Kamylla Kemylle da Silva, de 14 anos, voltou para casa após ser dada como desaparecida em Santos, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1 junto à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), nesta quarta-feira (26), a jovem estava na casa do namorado. Ela alegou à Polícia Civil ter fugido porque os pais não aceitavam o relacionamento.

A menina desapareceu no último dia 30 de junho, após sair da casa onde mora com o pai, Ataide Adriano da Rocha Silva, em Santos, enquanto ele trabalhava.

O homem informou ao g1 que, neste meio-tempo, desconfiou de mensagens supostamente enviadas pela filha, uma vez que foram escritas com palavras que a menina não costuma usar, como "papis" para se referir a ele.

Segundo a SSP-SP, Kamylla voltou para a casa do pai no último dia 8 de julho, após ter dito que fugiu porque os pais não aceitavam o relacionamento dela com o namorado. A Polícia Civil encerrou as investigações desde então.

O g1 solicitou à SSP-SP mais informações sobre o namorado de Kamylla e a cidade onde ele mora, local em que a jovem afirmou ter se escondido durante o período, mas não recebeu uma resposta. Nas mensagens supostamente enviadas por ela ao pai, a menina disse que estava em Cubatão (SP), cidade vizinha à Santos.

A reportagem procurou novamente Ataide, pai de Kamylla, para mais detalhes sobre a volta da jovem para casa, mas o homem afirmou apenas que "tudo estava bem" e que não quer mais falar sobre o assunto.

Mensagens 'estranhas'

Ataide disse ter recebido uma sequência de mensagens, que supostamente teriam sido enviadas pela própria filha, dizendo que estava bem, em Cubatão (SP), e retornaria dia 24, um dia antes de uma viagem que estava marcada com a família. No entanto, o pai desconfiou que o recado não tenha sido enviado por Kamylla devido à forma de escrita.

"Ela nunca me chama de ‘papis’, me chama de pai. [...] Estou muito preocupado, desesperado", disse Ataide Adriano da Rocha Silva, de 34 anos, em entrevista ao g1.

Ele chegou a dizer que acreditava que a filha não estava cercada por boas pessoas, logo após o desaparecimento da menina. "Está com gente ruim, porque ninguém acolhe uma adolescente de 14 anos sem saber quem são os pais", comentou, na ocasião.

O pai cria a menina desde os cinco anos. Ele morava no Nordeste e se mudou para o litoral paulista com ela quando se separou da mãe da adolescente. No entanto, o homem garante que, apesar da distância, a relação com a ex-mulher é boa.

Ele contou à polícia que já está com passagem aérea comprada para ir à Recife (PE) junto com Kamylla no dia 25 de julho, pois ela irá morar com a mãe. Segundo Ataide, este foi um pedido da própria adolescente. Ele, inclusive, diz ter comprado roupas para a jovem usar na viagem.

G1

Mais lidas de Brasil
Últimas notícias de Brasil