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Maceió: sobrevivente de serial killer diz à polícia que levou 4 tiros

Albino Santos de Lima é investigado por 10 homicídios. Ele encontrava as vítimas nas redes sociais


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Maceió: sobrevivente de serial killer diz à polícia que levou 4 tiros

Metrópoles

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A Polícia Civil de Alagoas segue investigando o caso do serial killer de Maceió, Albino Santos de Lima, de 42 anos, preso por matar 10 pessoas entre 2023 e 2024. Além dos oito inquéritos que serão reabertos, uma pessoa que sobreviveu ao ataque do acusado foi localizada e relatou ter sido atingida por quatro tiros no dia 12 de junho.

O homem, ex-segurança do sistema prisional do estado e filho de um policial militar aposentado, foi preso, sem resistência, em setembro deste ano. Na semana passada, ele assumiu a autoria de dez homicídios: sete mulheres e três homens. Ele teria cometido os crimes em Maceió, desde o final de 2023.

As primeiras testemunhas surgiram apenas após a divulgação de vídeos de Albino Santos de Lima circulando no bairro onde matou a jovem Ana Beatriz. A polícia fez busca na casa dele e encontrou a arma de fogo usada no crime, uma pistola 380 - que pertence ao pai do assassino - e um celular.No celular, os peritos encontraram duas pastas no aparelho: "Odiadas Instagram" e "Mortes especiais". O perito José Farias informou:

"Fotos das vítimas de homicídio eram colocadas ao lado de um calendário, com a data do fato marcada. Ele também tirava prints de matérias de sites relacionadas aos crimes, e chegou a tirar fotos dentro do cemitério e da lápide de uma das vítimas".

O delegado Gilson Rego, que apura os crimes, afirmou:

"Ele sempre agia do mesmo jeito, a maiorias das vezes à noite, usando roupas pretas e boné para esconder o rosto. Ele é um predador, um assassino em série, muito frio e calculista".

De acordo com o assassino, as vítimas faziam parte de uma organização criminosa, o que não foi confirmado pela investigação. Ele se via como um "justiceiro" e sem demonstrar qualquer arrependimento, Albino admitiu que, se não fosse preso, continuaria matando.

Segundo a coordenadora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Tacyane Ribeiro, Albino Santos de Lima teria alguma obsessão por essas jovens com características físicas semelhantes. Para ela, o homem deve ter sofrido algum tipo de rejeição, por isso teria ceifado a vida delas. Também foram encontradas no celular fotos de possíveis novas vítimas.

Os investigadores não têm dúvidas da autoria dele nos dez homicídios, com base nas provas técnicas obtidas. Porém, o número de vítimas pode ser maior: A polícia reabriu inquéritos antigos de homicídios cometidos entre 2019 e 2020 para apurar a possível autoria e envolvimento de Albino.


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