Plenário da Câmara dos Deputados pronto para a eleção da mesa diretora
Roque de Sá / Agência Senado
As eleições para a presidência e a mesa diretora da Câmara dos Deputados e do Senado Federal já estão sendo um grande jogo de articulação política e negociação entre os partidos, o governo, e a oposição, e terá impactos diretos na governabilidade, na pauta legislativa dos próximos dois anos e nas eleições de 2026.
Na Câmara dos Deputados, a eleição para a presidência está marcada para as 16h de sábado. Até o momento, três nomes se apresentaram: o deputado Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, que conta com o apoio do atual presidente da casa, Arthur Lira, e das principais bancadas; o deputado pastor Henrique Vieira, do PSOL do Rio de Janeiro, e o deputado Marcel van Hatten do Novo do Rio Grande do Sul.
Hugo Motta é o favorito, dada sua capacidade de diálogo tanto com o governo quanto com a oposição, o que pode facilitar a construção de consensos em um Congresso que parece polarizado, mas que está cada vez mais fragmentado.
Já no Senado Federal, a eleição ocorrerá mais cedo, com a primeira sessão preparatória marcada para as 10h.
O senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, que já presidiu a Casa entre 2019 e 2020 é o franco favorito. Ele promete estabelecer um diálogo mais fluido com o governo Lula, sem deixar de atender as demandas dos partidos de oposição.
E tem parlamentar de Rondônia nesse jogo político.
O senador Confúcio Moura, do MDB, é cogitado para assumir um cargo na mesa diretora. Nos bastidores, fala-se que ele pode assumir a segunda-secretaria.
O nome do senador Marcos Rogério, do União Brasil, também aparece nas conversas de bastidores, e tudo indica que ele pode assumir a presidência de uma comissão importante.
Já no outro lado da praça dos Três Poderes, no Palácio do Planalto, o presidente Lula está apenas esperando a posse dos novos comandantes do Congresso para realizar alguns ajustes na composição ministerial e na sua estratégia de articulação com o Parlamento.
A reforma ministerial, já cogitada, deve mesmo ser feita para acomodar novas lideranças e fortalecer as alianças essenciais para a governabilidade.
Em um cenário de polarização e desafios econômicos e sociais, a capacidade de diálogo e construção de consensos será fundamental.
2025 promete ser um bom teste para a democracia brasileira.
O momento é de expectativa, mas também de responsabilidade.
E todos nós, brasileiros e brasileiras, Bruno Eduardo, esperamos que os novos líderes do Congresso e o governo Lula saibam honrar os compromissos com o Brasil e com o seu povo. Afinal, 2026 é logo ali!
Guarim Liberato