Defesa de Zambelli procura relator e ministros do STF para pedir absolvição
Bruno Spada
A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tem alegado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a parlamentar pode ter exagerado, mas não cometeu crime de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Às vésperas das eleições de 2022, a deputada perseguiu e apontou arma no meio da rua contra apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva que a criticou.
O plenário virtual do STF começa a julgar, nesta sexta-feira (21), se condena ou absolve Zambelli no caso em que já é ré por porte ilegal de arma.
O advogado da parlamentar, Daniel Bialski, esteve pessoalmente nos gabinetes de ministros do Supremo nesta semana para pedir a absolvição da deputada bolsonarista.
"Ainda que ela tenha agido de forma excessiva, ela acha que estava agindo dentro de exercício regular de direito e que a isentaria de responsabilidade", disse à CNN.
O advogado se reuniu com metade da Corte, incluindo o decano Gilmar Mendes, relator do caso. E disse à CNN que voltará na próxima semana para conversar com o restante dos ministros.
De acordo com o advogado, Zambelli tinha autorização para possuir a arma e agiu porque se sentiu desrespeitada pela vítima.
"Independentemente do voto do relator, [a ideia é] que outros ministros peguem o processo para estudar e possam examinar os autos, e verificar porque a defesa pede absolvição do crime", disse.
Os ministros têm até o dia 28 de março para depositar votos. Já que a sessão é virtual, a defesa apresentou a sustentação oral para o caso em formato de vídeo.
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