Irmãos separados se descobrem como patrão e empregado após 10 anos
Rerodução/Instagram
Aos 10 anos, Antônio Nunes viu dois irmãos mais novos serem entregues para adoção. Sem saber seus nomes ou paradeiro, ele cresceu com uma única certeza: um dia os encontraria. O que ele não imaginava era que um deles fazia parte de sua vida sem que nenhum dos dois soubessem.
Criado pela avó em Blumenau (SC), Antônio sempre buscou informações sobre os irmãos desaparecidos. O primeiro reencontro aconteceu em 2016, quando Jefferson Greueli, um deles, descobriu a verdade sobre a adoção após a morte do pai adotivo. Com a revelação, Jefferson encontrou Antônio e, juntos, iniciaram a busca pelo irmão caçula.
As dificuldades eram muitas: o sistema de adoção não oferecia respostas e a única pista veio de uma cabeleireira que intermediou o processo na década de 1980. Ela se lembrava apenas do nome do pai adotivo: João. No entanto, revelou um detalhe importante — o irmão perdido ainda morava na cidade e havia sido visto votando nas últimas eleições.
O que Antônio jamais suspeitou é que, por uma década, o irmão caçula esteve ao seu lado. Maicon Luciani, funcionário de sua empresa e amigo de longa data, não fazia ideia de que trabalhava para o próprio irmão biológico.
Tudo mudou durante uma viagem de negócios, quando Maicon comentou, de maneira despretensiosa, que era adotado e que seu sobrenome de origem era Nunes. A coincidência fez Antônio congelar. A confirmação veio quando Maicon mencionou que sua adoção havia sido intermediada por uma cabeleireira da rodoviária."Você é meu irmão, cara!" — exclamou Antônio, surpreso com a descoberta.
Maicon ficou em choque. Mas à medida que as histórias se encaixavam, a verdade tornou-se inegável. Antônio e Jefferson enfim encontraram o caçula, encerrando uma busca que durou toda a vida."A vida é uma caixinha de surpresas", diz Antônio, emocionado com o desfecho inesperado.
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