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Moradores denunciam morte de gatos envenenados em condomínio

Ao menos 13 animais que viviam no imóvel foram encontrados sem vida


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Moradores de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, relataram a morte por envenenamento de ao menos 13 gatos. Os animais viviam em uma colônia dentro de um condomínio localizado no bairro Maria Paula, e há duas semanas começaram a aparecer sem vida. Os casos passaram a ser denunciados após alguns residentes terem demonstrado insatisfação com os felinos no local.

As mortes foram relatadas ao Nas Garras da Lei, projeto de voluntários da segurança pública de resgate a vítimas de maus-tratos. Em um vídeo publicado nas redes sociais, uma moradora diz que condomínio abriga há alguns anos mais de 50 gatos e que os animais foram assassinados por outros residentes que não queriam a continuidade da colônia. Segundo a mulher, os envenenamentos foram comprovados por laudo veterinário.

"Há pelo menos duas semanas a gente têm visto mortes por envenenamento de pessoas que não têm interesse que essa colônia sobreviva. Foram pelo menos 13 gatos que morreram por envenenamento, inclusive comprovado por veterinário, que deu atestado indicando essa causa de morte, até pela forma que eles morreram, por estarem com espuma na boca, terem vomitado sangue", relatou a moradora, identificada apenas como Alessandra,

Na publicação, Alessandra ainda conta que entre as vítimas estão filhotes e fêmeas que tinham tido cria recentemente. "A gente não quer que mais nenhum outro gato morra por conta de intolerância ao animal", desabafou. O coordenador do Nas Garras da Lei, Rafael Cazes, esteve no condomínio para prestar apoio aos moradores. O líder do projeto destacou que em casos de envenenamento de animais, ainda que não haja imagens de câmeras de segurança ou o corpo, é necessário fazer denúncia.

"Toda vez que um crime como esse não é registrado, é como se ele nunca tivesse ocorrido. Mesmo que você não tenha mais as imagens e o corpo do animal, registre sempre. Ou é como se nunca tivesse ocorrido qualquer tipo de crime, como se o autor fosse automaticamente inocentado, como se aquele animal jamais tivesse existido", declarou Cazes.

O projeto explica que em situações em que um animal apresente sinais de morte violenta ou envenenamento é preciso adotar o protocolo Chloe. "Envie o corpo a uma geladeira veterinária e em seguida gere um registro de ocorrência na delegacia da área. Uma FAV (Ficha de Acompanhamento do Vestígio) deverá ser preenchida pelo sindicante para que a cadeia de custódia seja respeitada no inquérito policial e o corpo do animal siga para necrospia através de um ofício ao Instituto Jorge Vaitsman, na localidade da Mangueira (Rj)", esclarece a publicação.

O Nas Garras da Lei ainda destaca a importância da preservação das imagens de câmeras de segurança, "uma vez que grande parte dos arquivos acabam sendo perdidos no período de 48hs". Segundo o coordenador, o protocolo já ajudou a resolver diversos casos de maus-tratos a animais. "O protocolo Chloe é uma realidade e é responsável pela elucidação de casos que antigamente não tinham solução alguma".

Procurada, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela 75ª DP (Rio do Ouro) e os agentes analisam imagens de câmeras de segurança e realizam outras diligências para apurar a autoria e esclarecer os fatos. O crime de maus-tratos prevê pena de prisão de dois a cinco anos, em relação a cães e gatos, além de multa e proibição da guarda. Pode haver aumento de pena se o animal morrer.

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