Sete são presos em operação contra golpe do empréstimo consignado
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A Polícia Civil do RJ iniciou, na manhã desta quarta-feira (9), a Operação Falsa Portabilidade, contra um esquema que fraudava empréstimos consignados. Até a última atualização desta reportagem, 7 pessoas haviam sido presas — entre elas, Julia Garcia Domingues, filha do funkeiro Mr. Catra, morto em 2018.
Segundo as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 5 milhões nos últimos anos. Além do Rio de Janeiro, os mandados também estão sendo cumpridos no Acre, em Minas Gerais e em Santa Catarina.
Na capital fluminense, 6 pessoas foram presas. Em Santa Catarina, uma prisão foi confirmada. É Augusto Germano da Silva Kuntze, que, segundo a polícia, é o chefe do esquema criminoso.
Além de Julia, também foram presos:
• Stefani Campos de Souza Silva
• Ingrid Santana Fernandes
• Thamires da Silva Cruz
• Peterson Maffort Grillo
• Júlio Cesar da Silva
Como era o esquema
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos induziam as vítimas — em sua maioria aposentados e pensionistas — a contratar um novo empréstimo, sob o falso argumento de que a operação seria necessária para quitar um contrato anterior.
Como atrativo, ofereciam supostas condições mais vantajosas, como juros mais baixos e prazos maiores para pagamento.
"Esses estelionatários se passavam por consultores financeiros e ofereciam propostas para reduzir os juros dos empréstimos. As vítimas, convencidas pelos golpistas, acabavam contratando novos empréstimos. No fim, ficavam com novas dívidas, enquanto os criminosos ficavam com o valor total do 2º contrato", explicou a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, titular da Delegacia de Defraudações do Rio.
A investigação apontou que o grupo era bem estruturado, com divisão de tarefas entre os integrantes — desde a abordagem das vítimas até a intermediação fraudulenta com instituições financeiras e a ocultação dos valores obtidos.
A polícia afirma que Julia Garcia emprestava suas contas bancárias para que o dinheiro das vítimas fosse depositado.
Segundo o delegado Gustavo Henrique da Silva Neves, da Polícia Civil do Acre, o grupo também falsificava documentos para conseguir os empréstimos. Ele destacou que uma única vítima teve um prejuízo de R$ 400 mil.
"O montante lesado de uma das vítimas foi de R$ 400 mil, mas há registros de vítimas em vários estados do Brasil. Conseguimos bloquear cerca de R$ 1 milhão em contas bancárias", afirmou o delegado.
g1