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Após condenação de Bolsonaro, 52% são contra impeachment de Moraes

Pesquisa Genial/Quaest revela também que pena de 27 anos e 3 meses de prisão a Bolsonaro, por tentativa de golpe, é exagerada para 49%


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STF/Reprodução

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17/9) revela uma mudança na percepção da opinião pública em relação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em agosto deste ano, 43% eram contra o impeachment do ministro da Corte Suprema, mas o índice subiu para 52% agora em setembro, ou seja, a maioria.

A mesma pesquisa revelou que 46% eram a favor do impeachment de Moraes em agosto, mas agora os que pensam dessa forma são 36%.

A última versão da pesquisa começou a ser realizada no dia seguinte ao fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ou seja, o levantamento foi iniciado na sexta-feira (12/9) e concluído no domingo (14/9). A Primeira Turma do STF condenou, além de Bolsonaro, outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. Os oito réus integram o núcleo crucial da trama golpista, conforme denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A trama tinha o intuito de impedir a posse de presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Imparcialidade de processo

A GenialqQuaest também apurou a percepção da população em relação à isenção do processo contra Bolsonaro. Houve recuo no índice dos entrevistados que consideram ter havido perseguição política: em agosto, o percentual era de 52% e agora reduziu para 47%. Aqueles que avaliam a condução do caso como imparcial subiram de 36% para 42%.

As penas e medidas cautelares aplicadas pela Justiça contra Bolsonaro foram objeto da pesquisa de opinião pública. O tempo de prisão imputado a Bolsonaro, de 27 anos e 3 meses, obteve o maior percentual dos que pensam ser exagerada a medida: 49%. Para 35%, a pena foi adequada e considerada insuficiente por 12%. Houve também 4% que não souberam opinar ou não responderam.

Por outro lado, a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprir medidas cautelares impostas por Moraes é vista como adequada por 51% dos entrevistados. Há 28% que consideram a restrição de liberdade como exagerada e 16% avaliam como insuficiente.

Ainda foram entrevistados 5% que não souberam opinar ou não responderam. Outras ações da Justiça contra Bolsonaro também foram pesquisadas, como o uso da tornozeleira eletrônica e a inelegibilidade.

A pesquisa da Quaest foi realizada do dia 12 ao dia 14 de setembro. Ao todo, foram ouvidas 2.004 pessoas. O nível de confiança divulgado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos porcentuais.

Situação

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto deste ano. A medida foi determinada por Moraes sob o entedimento de que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares aplicadas pelo próprio ministro no âmbito do inquérito 4.995.

A apuração tem como objetivo verificar a atuação de Bolsonaro e do filho dele, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para coagir autoridades brasileiras e atrapalhar o andamento da Ação Penal 2.668, que resultou na condenação do ex-presidente.

No hospital

Bolsonaro está internado no hospital DF Star, em Brasília, após ser levado às pressas à unidade de saúde na tarde dessa terça-feira (16/9). Ele sofreu um quadro de mal-estar que incluiu queda de pressão, crises de soluço, vômitos e fortes dores.

Segundo os médicos, Bolsonaro permanecerá em observação, com dieta líquida e monitoramento da pressão. Uma equipe médica de São Paulo que o acompanha há anos foi chamada a Brasília e deverá realizar novos exames no ex-mandatário nesta quarta-feira (17/9).


Metrópoles


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