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As investigações da Polícia Federal sobre o pastor Silas Malafaia estão avançadas.
Na segunda-feira (20/11), completam dois meses da operação que apreendeu o celular, documentos e passaporte do pastor. O aparelho já passou por perícia.
Malafaia é suspeito de integrar o núcleo que articulou os ataques ao STF e as negociações para que os Estados Unidos praticassem "atos hostis" contra o Brasil.
As investigações contra Malafaia foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura coação à Corte. O pastor foi proibido de ter contato com Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, também investigados.
"Identificou-se que Malafaia atuou em ações de criação, produção e divulgação de ataques a ministros do STF, de forma previamente ajustada, por multicanais, em alto volume e direcionada a parcela do público sob sua influência", apontou relatório da PF.
Na decisão, Moraes afirmou que os diálogos mostram que Silas "exerce papel de liderança nas ações planejadas pelo grupo investigado, que tem por finalidade coagir os ministros do Supremo e outras autoridades brasileiras, com claros atos executórios no sentido de coação no curso do processo e tentativa de obstrução à Justiça".
O pastor nega envolvimento e acusa Moraes de perseguição religiosa.
Silas Malafaia é pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, líder evangélico influente e aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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