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O policial militar, Vinicius Freitas, de 26 anos, foi baleado pelo filho de um GCM (Guarda Civil Metropolitano) ao se envolver em uma confusão com o homem e a namorada, na noite de quinta-feira (4). O caso, que também envolveu um conflito com outros agentes, aconteceu em Mauá, na Grande São Paulo.
Segundo o boletim de ocorrência que a CNN Brasil teve acesso, guardas municipais foram acionados após receberem a informação de que Sandro Moreira Rodrigues, filho de um agente da corporação, havia sido vítima de uma tentativa de roubo. No local, encontraram Vinicius ferido no chão e Sandro, autor dos disparos, com a arma, uma pistola .40.
De acordo com o relato de outro policial militar, o filho do GCM, na verdade, estava agredindo a namorada no interior do carro e Vinicius interveio para socorrer a vítima, quando o agressor tomou a arma e atirou contra ele. Além disso, ele afirmou que o indivíduo também teria inventado a história do roubo.
A câmera de segurança de uma residência próxima registrou o momento em que Vinicius, de blusa branca, entra na esquina da rua. Segundos depois, uma mulher passa correndo e o PM corre, mas é atingido pelo filho do GCM.
Conflito entre corporações
A Polícia Militar foi acionada e chegou no local do crime pouco tempo depois. Segundo o boletim de ocorrência, um outro desentendimento começou entre as duas corporações sobre quem seria responsável pela custódia da arma. A discussão chegou a evoluir para agressões. Uma GCM e um PM caíram no chão durante o conflito.
Já Vinícius foi socorrido e encaminhado ao Hospital Nardini, onde passou por cirurgia e segue estável.
"Vou te matar": filho do GCM afirma que foi ameaçado pelo PM
O filho do GCM relatou que retornava de uma adega com a namorada e estacionou o carro em frente à residência quando um homem se aproximou pela lateral do motorista. Segundo ele, o policial militar abriu a porta e entrou rapidamente no veículo com uma arma.
A namorada dele teria corrido, em pânico, e não presenciou os tiros. O indivíduo afirmou que reagiu por "medo", entrou em luta corporal, desarmou o PM e efetuou os disparos. Disse também que ele não anunciou assalto, mas teria dito "vou te matar".
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que "a arma do agente foi apreendida e o caso registrado como lesão corporal e legítima defesa pelo 1º DP de Mauá. A Corregedoria da PM acompanha as investigações".
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