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A roda-gigante instalada na Praia da Ponta Negra, uma das principais atrações turísticas promovidas pela gestão do prefeito David Almeida (Avante), voltou a ser palco de polêmicas na noite deste domingo (7). Em meio ao forte temporal que atingiu a capital, a atração parou de funcionar, deixando várias pessoas presas no alto das gôndolas em condições de risco, como raios e escuridão.
Diferente do episódio anterior, onde o prefeito chegou a acusar um vereador de ter cortado os cabos do equipamento, desta vez o problema parece ter sido provocado pela intensidade da tempestade.
O vereador Coronel Rosses (MDB) utilizou as redes sociais para criticar o ocorrido, classificando a situação como um "pesadelo" pago a R$ 40 por pessoa.
"Nada é tão ruim que não possa piorar. Isso é pra gente entender a hora de parar. A roda-gigante do Davi parou novamente. Só que agora, com várias pessoas presas no alto. Em meio a chuvas, raios, escuridão, um temporal. Parece cena de terror, mas é a realidade de Manaus. Um símbolo de descaso e irresponsabilidade. E o pior, você ainda paga pra viver esse pesadelo," declarou Rosses.
O vereador ainda aproveitou para alfinetar o prefeito, lembrando a polêmica anterior. "Davi, um conselho, não uma crítica. É hora de parar. Dá um basta nisso. Não dá para atribuir uma responsabilidade tão grande a um menino que foi teu cabo eleitoral," ironizou Rosses, referindo-se a Jean Marcos Praia Rocha, dono da empresa responsável pela roda-gigante que tem ligação política com David Almeida, sendo cabo eleitoral e tendo liderado sua campanha na área do São José, com apoio de seu tio, Hudson Praia, assessor da Prefeitura.
Além do perigo óbvio de ficar preso em uma estrutura metálica alta durante uma tempestade de raios, internautas e a oposição levantaram questionamentoa sobre a falha no sistema de alertas. Muitos usuários nas redes sociais apontaram que o alerta da Defesa Civil só teria chegado após as chuvas já terem iniciado, e não de forma preventiva.
O temporal deste domingo foi intenso, com ventos fortes e quedas de árvores em vários bairros, o que torna ainda mais crítica a operação de um equipamento de grande porte como a roda-gigante.
A prefeitura de Manaus e a empresa responsável pela operação da roda-gigante não emitiram, até o momento da publicação desta matéria, notas oficiais sobre o incidente, a situação das pessoas presas e as medidas que serão tomadas para garantir a segurança dos usuários em caso de mau tempo.
d24am