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Assis Gurgacz, Acir Gurgacz e Airton Gurgacz estiveram presentes, nesta sexta-feira, 19 de dezembro, na cerimônia de abertura da Ponte Internacional da Integração Brasil-Paraguai, realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná. O evento marcou oficialmente a entrega da segunda ligação viária entre os dois países sobre o Rio Paraná, mais de 60 anos após a inauguração da Ponte da Amizade.
A obra contou com investimentos conjuntos do Brasil e do Paraguai, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), totalizando R$ 1,9 bilhão. Nesta fase inicial de operação, o tráfego foi liberado de forma gradual, permitindo a circulação de caminhões sem carga nos dois sentidos.
Com 760 metros de extensão e vão livre de 470 metros, a Ponte da Integração possui o maior vão da América Latina. A estrutura estaiada é sustentada por duas torres de 190 metros de altura, equivalentes a prédios de aproximadamente 54 andares, ligando o município de Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Presidente Franco e ampliando a capacidade logística da região trinacional.
Durante a solenidade, realizada na nova aduana Brasil-Paraguai, autoridades ressaltaram a importância estratégica da obra, especialmente diante do intenso fluxo registrado diariamente na Ponte da Amizade, que concentra cerca de 100 mil pessoas e 45 mil veículos, segundo dados da Receita Federal.
A plena funcionalidade da Ponte da Integração está diretamente relacionada às intervenções complementares no lado brasileiro, com destaque para a Perimetral Leste. A rodovia, com 14,7 quilômetros de extensão, conecta a BR-277 à nova ponte, desviando o tráfego pesado do centro urbano de Foz do Iguaçu. Apenas na primeira semana de operação, mais de 10 mil veículos circularam pela via. O complexo inclui ainda duas novas aduanas e seis viadutos.
Encerrando o evento, o ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou a relevância das obras para o desenvolvimento regional e nacional. Ele defendeu o avanço do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, ressaltando que o Brasil não aceitará novos adiamentos nas negociações que se arrastam há mais de duas décadas.

"O Brasil luta por um acordo equilibrado, que seja bom para os dois lados. Ao conceder mais alguns dias para a conclusão, o país reafirma seu compromisso com o multilateralismo em um momento em que o comércio internacional sofre ataques por meio de tarifas", afirmou.
O ministro também ressaltou que os investimentos em infraestrutura fortalecem a competitividade brasileira. "Essas obras retiram o tráfego pesado do centro de Foz do Iguaçu, melhoram a mobilidade urbana, reduzem o custo do frete e aumentam a produtividade da economia", pontuou.
Sobre o setor ferroviário, Renan Filho destacou que o país vive um ciclo de expansão. "Atualmente, cerca de 17% da produção nacional é exportada por ferrovias, índice em máxima histórica. A meta do governo é alcançar 35% até 2035, fortalecendo ainda mais a logística nacional", concluiu.
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