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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta quarta-feira (24) o reajuste do salário mínimo para R$ 1.621. O novo valor vale a partir de 1° de janeiro de 2026.
Com isso, o valor mínimo da diária de trabalho corresponderá a R$ 54,04. Já o valor mínimo por hora trabalhada passará a ser R$ 7,37.
O reajuste representa uma alta de 6,79%. É uma alta de R$ 103 em comparação ao salário mínimo atual, que está em R$ 1.518.
Os valores já haviam sido confirmados pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, mas o decreto foi publicado somente no Diário Oficial da União desta quarta-feira (24).
O reajuste será aplicado a partir de janeiro, ou seja, o trabalhador receberá o novo salário no pagamento de fevereiro.
O cálculo do salário mínimo considera o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro. O indicador avançou 4,18% em 12 meses.
Além da correção pelo INPC, a regra do reajuste do salário mínimo também determina que o valor seja corrigido a partir do ganho vinculado ao crescimento da economia de 2 anos antes , ou seja, de 2024, que cresceu 3,4%.
O reajuste afeta diretamente os benefícios atrelados ao piso, como benefícios previdenciários do INSS, seguro-desemprego, abono salarial e BPC (Benefício de Prestação Continuada), impactando o gasto público.
Portanto, ao conceder um reajuste maior ao salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Cada R$ 1 adicional no mínimo tem impacto de R$ 422,5 milhões. Logo, o reajuste de R$ 103 pode provocar um aumento de cerca de R$ 43,5 bilhões nas despesas obrigatórias do governo em 2026.
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