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Forças Armadas: mais da metade dos militares não pagará IR a partir de 2026

Medida é resultado da lei que isenta do imposto quem ganha até R$ 5 mil


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Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Mais da metade dos militares da ativa das Forças Armadas deixará de pagar Imposto de Renda a partir do ano que vem. A medida é resultado da ampliação da faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em novembro.

Segundo um levantamento feito pela CNN Brasil, a partir de dados do Portal da Transparência, 192 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica recebem até esse teto - o que representa 54,97% do contingente das três Forças - e deixaram de contribuir.

Com as novas regras, quase metade dos pensionistas militares, aproximadamente 96 mil pessoas, também vai deixar de pagar o Imposto de Renda.

A economia para o bolso dos militares pode variar de R$ 184,28 a R$ 4.067,57 por ano, a depender do número de dependentes e das deduções.

O benefício ameniza as reivindicações da tropa por aumento salarial. O último reajuste ficou aquém do esperado. Foi de 9% divididos em duas parcelas, sendo a primeira paga em abril de 2025. A segunda deve ocorrer em janeiro do ano que vem.

Acenos

Além de ações como essa, que beneficiam a ponta das Forças Armadas, o governo federal tem feito outros acenos ao segmento.

Após a entrada em vigência da lei complementar que deixa até R$ 30 bilhões fora do arcabouço fiscal para investimentos em defesa, por exemplo, o Exército Brasileiro espera dobrar seus aportes na modernização da força e está reorganizando sua carteira de projetos estratégicos.

A CNN Brasil revelou na semana passada que a expectativa do Exército é passar de um orçamento que tem oscilado de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,4 bilhão por ano, no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para um volume anual de R$ 3 bilhões no período entre 2026 e 2031.

Esse ciclo de seis anos é visto pela cúpula da força terrestre como uma "janela de oportunidade" para tirar o atraso ou acelerar a implantação de programas como o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), considerado fundamental para o combate ao narcotráfico e ao contrabando.

O mesmo ocorre no programa de submarinos da Marinha e na aquisição de novas aeronaves por parte da Aeronáutica.


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