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A praticidade do Pix facilitou a vida de milhões de brasileiros, mas também simplificou o rastreamento de movimentações financeiras pela Receita Federal. Transações com valores elevados ou com frequência atípica podem, sim, acender um alerta e levar o contribuinte para a fiscalização, conhecida como malha fina. O cruzamento de dados é automático e eficiente.
É importante entender que o Fisco não monitora cada Pix individualmente em tempo real. A vigilância ocorre por meio de informações que os próprios bancos são obrigados a repassar. Instituições financeiras enviam periodicamente uma declaração chamada e-Financeira, que consolida todas as movimentações de cada CPF e CNPJ.
Os limites para essa comunicação de dados sofreram alterações em 2025. Os valores atuais que obrigam os bancos a informar as movimentações à Receita Federal são de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
Essa declaração informa o montante total que circulou na conta do cliente, incluindo depósitos, transferências e pagamentos. Se o valor total movimentado for incompatível com a renda declarada no Imposto de Renda, a inconsistência é detectada automaticamente pelos sistemas da Receita.
Quais operações com Pix chamam a atenção?
O problema não está em usar o Pix, mas na origem do dinheiro que passa por ele. Qualquer valor recebido que configure uma renda precisa ser declarado. Para não ter dor de cabeça, fique atento a alguns padrões que podem ser considerados suspeitos pelo Fisco:
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