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Ministro diz que taxação sobre carne bovina pela China não preocupa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que a situação não é "tão preocupante", já que o país bem preparado


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Vinícius Schmidt/Metrópoles

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou, nesta quarta-feira (31/12), que a taxação sobre a carne bovina promovida pela China, um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, não é "tão preocupante".

De acordo com ele, a medida vinha sendo anunciada pelo governo chinês, que alega proteção para os produtores locais. Fávaro avaliou que o Brasil está relativamente bem preparado para lidar com esse tipo de situação, tendo em vista a abertura de novos mercados promovida pelo governo Lula, principalmente após o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos.

"Neste governo do presidente Lula, abrimos 20 mercados para carne bovina por todo o mundo, mais ampliações de mercados que já eram abertos", ressaltou.

O ministro destacou também que o governo chinês fez um cálculo dos últimos três anos, contando de junho de 2024, e criou uma média dos países com base na quantidade de exportações.

"O Brasil ficou com uma cota de 1,1 mil toneladas, o que corresponde a 44% do volume a ser exportado com as tarifas atuais, mais ou menos que o Brasil está exportando hoje", detalhou.

Segundo o ministro, o país deve negociar com a China para que, caso algum país não cumpra a cota estipulada, o valor seja transmitido ao Brasil, o que deve ampliar o número de exportações.

"Por exemplo, os Estados Unidos não exportaram para a China no ano passado. Se a gente pode cumprir a cota de outro país, são negociações que vão ocorrendo", revelou.

Entenda a taxação imposta pela China

O governo chinês anunciou que colocará cotas de importação de carne bovina em 2026, com o objetivo de proteger os produtores locais. No total, serão 2,7 milhões de toneladas, que serão ampliadas ano a ano.

O Brasil, no entanto, ficou com a maior cota de importação entre os fornecedores, de 1,1 milhão por ano. Caso as importações ultrapassem as cotas estabelecidas, os produtos serão taxados em 55%.

A medida começa a valer na próxima quinta-feira (1º/1), terá duração de três anos e será válida para o mundo inteiro, o que, tecnicamente, não coloca o Brasil em desvantagem competitiva.



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