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SGC TV: 2026 inicia com orçamento das famílias brasileiras sob pressão

Pesquisa aponta que impostos e reajustes acima da inflação são os principais desafios; especialistas recomendam planejamento


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Foto de Emil Kalibradov na Unsplash

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O orçamento das famílias brasileiras inicia 2026 sob forte pressão. Uma pesquisa realizada no início de 2025, divulgada pelo programa Gaveta Geral, já indicava que impostos e reajustes seriam os grandes vilões dos primeiros meses do ano. A combinação de IPTU, IPVA, material escolar e contas com reajuste acima da inflação exige planejamento financeiro rigoroso.

De acordo com o estudo, 58% dos entrevistados apontaram o IPTU e o IPVA como as principais despesas do começo do ano. Dentro deste grupo, 29% destacaram o reajuste do aluguel junto com o IPTU, enquanto outros 29% afirmaram que o licenciamento do veículo e o IPVA são os gastos que mais pesam no período.

"A gente vai se organizando, graças a Deus", conta a aposentada Maria de Fátima, que já planeja os pagamentos. "O IPTU da casa a gente já paga esse mês, parcelado."

Os impostos, porém, não são os únicos compromissos. O início do ano também concentra outras despesas significativas, como reajustes de planos de saúde, mensalidades escolares e, principalmente, a compra de material escolar. "É material escolar, pra você ver como é que está. Quando a gente vai comprar... está um absurdo", relata Isabeli Cristina, operadora de caixa.

Mesmo com a inflação oficial projetada entre 4% e 5% para o período, muitos desses custos sobem bem acima desse patamar. Isso significa que mesmo quem recebe reajuste salarial anual sente a perda do poder de compra. Um aumento de 4% no salário, por exemplo, muitas vezes não cobre o aumento real das despesas mais essenciais, causando o chamado "aperto no bolso".

Diante deste cenário, a orientação para os contribuintes é agir com estratégia. Recursos extras, como o décimo terceiro salário, devem ser direcionados para quitar as despesas mais pesadas e tentar iniciar o ano com as contas organizadas.

Outra decisão crucial é escolher entre pagar os impostos à vista ou a prazo. Embora o desconto para pagamento antecipado possa chegar a 10%, especialistas alertam que nem sempre essa é a melhor opção. "Se a pessoa não tem uma reserva de emergência ou ainda está endividada, o parcelamento pode ser a escolha mais adequada para não comprometer o fluxo de caixa no restante do mês", explica a repórter Samara Santos, de Porto Velho (RO).

A chave, segundo análises, é avaliar a situação individual. A autônoma Ana Keila segue essa lógica: "Tô me organizando pra ver se consigo pagar à vista, mas se não der, vou parcelando e indo desenrolando", afirma.

A pesquisa reforça que, em um cenário de juros ainda elevados, o planejamento detalhado é a principal ferramenta para evitar um desfalque maior no orçamento familiar logo nos primeiros meses do ano.


Samara Santos - Portal SGC


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