Diário da Amazônia

Festas agropecuárias e segurança: um equilíbrio necessário

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Fotos: Pedro Adilon, Ésio Mendes e Leandro Morais

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As festas agropecuárias e cavalgadas são eventos tradicionais que celebram a cultura e a economia rural de muitas regiões do Brasil. No entanto, a realização desses eventos nem sempre ocorre com a devida organização e segurança necessárias. É nesse contexto que a recente ação do Ministério Público de Rondônia (MPRO) merece destaque e elogios.

O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre o MPRO e os organizadores dos eventos em Urupá e Alvorada do Oeste representa um avanço significativo na busca por um equilíbrio entre a preservação das tradições e a garantia da segurança pública. As medidas estabelecidas no acordo demonstram uma abordagem abrangente e responsável, que contempla desde a proteção dos animais até a acessibilidade para pessoas com deficiência.

É louvável a preocupação com o bem-estar animal, evidenciada pela proibição do uso de esporas e chicotes, bem como pela fiscalização de maus-tratos. Igualmente importante é a atenção dada à segurança dos participantes, com restrições à venda de bebidas alcoólicas e controle do trânsito local.

A inclusão de diversos órgãos e secretarias na elaboração e execução do TAC demonstra um esforço conjunto e multidisciplinar, essencial para o sucesso dessas medidas. A participação de entidades como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Detran-RO e Vigilância Sanitária garante uma abordagem técnica e profissional na fiscalização e prevenção de riscos durante a realização de eventos dessa envergadura.

É compreensível que alguns possam ver essas regulamentações como excessivas ou limitadoras. No entanto, é preciso reconhecer que a segurança e o bem-estar coletivo devem sempre se sobrepor a interesses individuais ou comerciais. As festas agropecuárias continuarão a desempenhar seu papel importante na economia e na cultura local, agora com um adicional de responsabilidade e organização.

O MPRO dá um exemplo que deveria ser seguido por outras regiões do país. Ao estabelecer regras claras e envolver diversos setores da sociedade, cria-se um ambiente propício para que as tradições sejam mantidas de forma sustentável e segura.

Este Termo de Ajustamento de Conduta representa, sem dúvida, um passo importante na evolução cultural de como realizamos nossas celebrações.

Neste sentido, o acordo firmado em Rondônia mostra que é possível conciliar a preservação das tradições rurais com as demandas de uma sociedade moderna e consciente. É um lembrete de que a festa pode — e deve — continuar, mas sempre com responsabilidade e respeito à vida, à saúde e ao meio ambiente. Assim, todos saem ganhando!

Qual sua maior preocupação em relação à seca no rio Madeira nos próximos meses?

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