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Aguardando composições, a maioria dos partidos em Porto Velho ainda não marcou suas convenções

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Responsabilidade global

Pestes, guerras, tempestades, o inferno e frio extremo. Todas as desgraças que deram fama a astrólogos, videntes e bruxos da antiguidade estão ao alcance de cada um. Curiosamente, os profetas de coisas boas, como a previsão de cidades inteligentes no início do século XXI, ainda tiveram pouco sucesso. Mesmo que se cumpram, ninguém presta muita atenção.

A humanidade tem uma arma poderosa para enfrentar as previsões catastróficas: a ciência. Há um fator importante nas manifestações científicas mais recentes a respeito do papel que antes se atribuía à Amazônia. Havia a suposição ingênua de que preservar a floresta bastava para salvar o planeta, o que só parcialmente é verdade: destruí-la efetivamente apressa a desgraça mundial, mas se preservá-la será ótimo para os nove países que a compartilham, nem por isso conseguirá compensar, por si só, os demais fenômenos que ocorrem em escala global.

A perda de cobertura de gelo e a elevação do nível do mar não serão amenizadas só com a proteção da floresta. É preciso pensar em responsabilidades perante a humanidade, porque tudo vai afetá-la: a destruição ambiental e os fenômenos climáticos extremos que se consolidam e se repetem projetam forte pressão sobre a agricultura, o que significa trocar a previsão de uma futura superabundância de alimentos pelo fantasma da escassez. A ciência aponta caminhos, mas a responsabilidade é de todos.

Eleições 2024

Aguardando composições, a maioria dos partidos em Porto Velho ainda não marcou suas convenções e quem acertou alguma data para os primeiros dias do calendário eleitoral chutou para o final do mês ou até mesmo para o início de agosto. Algumas agremiações poderão realizar convenções conjuntas, como é o caso da Frente Rondônia Democrática, que une cinco partidos e que lançará o nome do pedetista Célio Lopes. Enquanto isto os candidatos se movimentam para acertar os escritórios de sapientes na legislação eleitoral e suas coordenações de campanha.

Os desaparecimentos

O desaparecimento de garotas adolescentes se transformou num fenômeno nacional. Em Rondônia não é diferente, temos casos insolúveis com mais de 20 anos em Porto Velho, por exemplo. Poucas são encontradas ou acabaram se mudando para outras cidades e estados. As autoridades municipais, estaduais e federais deveriam unir esforços para tentar resolver tantos sumiços misteriosos já que se suspeita desde tráfico de órgãos até o encaminhamento das meninas para casas de prostituição no exterior, onde as brasileiras são tão solicitadas e exploradas pelas máfias.

Grandes desafios

Os pré-candidatos à prefeitura da capital estão enumerando nas suas plataformas eleitorais para a campanha 2024 os desafios da próxima administração. Porto Velho tem indicativos sofríveis em saneamento básico, atendimento no abastecimento de água, coleta de esgoto. Padece com as alagações no inverno amazônico em várias regiões. Mesmo com a regularização fundiária avançando muito nas duas gestões do prefeito Hildon Chaves, temos milhares de imóveis à espera de escrituração. Recentes invasões têm dado dores de cabeça a municipalidade. O porto Cai N’Água se transformou num cartão postal às avessas, as cracolândias se espalharam do centro histórico a Av. Petrolina, na Zona Leste. E por aí vaí.

Fazendo as contas

A campanha eleitoral em Porto Velho só começará para valer com as convenções partidárias e o início dos programas eleitorais em agosto. Mas todo mundo precipitadamente já vai fazendo as contas. A turma dos chapas brancas apostam no apoio das maquinas do prefeito Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha para eleger Mariana Carvalho (União Brasil) no primeiro turno. Além disto, contam com o apoio oficial do ex-presidente Jair Bolsonaro para garantir a rapadura ainda em turno único. Para se garantir estão conquistando adesões importantes e até o possível apoio de Fernando Máximo é cogitado.

Na oposição

Nas contas da oposição tem segundo turno e quem conseguir avançar para a segunda etapa se tornará o próximo prefeito de Porto Velho. O MDB respira otimismo com o crescimento da ex-juíza Euma Tourinuho, a Frente Rondônia Democrática se une em torno de Célio Lopes e acredita que com a fragmentação dos votos em sete candidaturas o pedetista tem chances de chegar lá. O ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) acentua que todos os candidatos têm chances, mas por enquanto ele largou polarizando com a representante dos chapas brancas. E ainda temos Valdir Vargas (PP), Samuel Costa (Rede), Ricardo Frota (Novo) e Benedito Alves (Solidariedade), para surpreender.

Via Direta

* Tão cedo não sai a reforma do porto Cai N’Água em Porto Velho. O Dnitt ainda vai preparar a licitação para a obra e até o início dos trabalhos a coisa vai longe. Enquanto isto, passageiros e comerciantes penam com a estrutura precária * A Frente Rondônia Democrática se prepara para uma grande convenção para o lançamento do candidato Célio Lopes, cuja campanha é reforçada pela aguerrida militância petista, os movimentos negro e da juventude socialista do PDT * O candidato da Solidariedade Benê Alves já percorre os bairros e distritos em busca de apoio para alçar o Prédio do Relógio. Ele chegou anunciar o alinhamento com Fernando Máximo.

Qual sua maior preocupação em relação à seca no rio Madeira nos próximos meses?

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