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O Brasil mudou
A queda na popularidade do presidente Lula da Silva se deve aos compromissos pela governabilidade assumidos com o Centrão, amplo grupo de partidos cujas características mais marcantes são ignorar os princípios inscritos em seus programas e aprovar medidas que favorecem seus dirigentes e apoiadores.
Ao não inovar em nada, não admitindo que o Brasil vive uma situação de semipresidencialismo (ou semiparlamentarismo), Lula vê seu núcleo duro agir com partidarismo, ignorando que a vitória eleitoral em 2022 não foi do PT, mas da aliança antibolsonarista que lhe assegurou uma vitória apertada.
O maior problema está na desilusão da base de apoio mais fiel, descontente com o rolo compressor montado para atropelar o Ibama na questão do petróleo na Margem Equatorial. Isso poderia ser contornado se Lula admitisse que o presidencialismo foi detonado com a destituição de Dilma Rousseff e não adianta ameaçar ser "duro" com os preços dos alimentos, fazendo o país retroagir aos tempos de José Sarney, com seus "fiscais".
Não existe mais o presidencialismo mandão dos tempos de Vargas. O país exige uma forma de governo adequada à realidade dos novos tempos. Um país mais sincero, mantendo os freios constitucionais e ampliando a participação da sociedade, seria a melhor consequência do debate sobre a Margem Equatorial, preservando a memória de Lula de um desgaste devastador.
No interior
No interior do estado, os prefeitos se deram melhor nos embates pelo governo estadual até agora. Vejam os casos dos eleitos Valdir Raupp (Rolim de Moura) José Bianco (Ji-Paraná), do reeleito Ivo Cassol (Rolim de Moura), do reeleito Confúcio Moura (Ariquemes). Eles foram os melhores administradores se destacando pela eficiência. É o caso de Hildão na disputa para 2026, ele foi o melhor gestor da sua geração e teve uma despedida fantástica do Prédio do Relógio com a inauguração da nova rodoviária. E imaginem que querem punir Hildão por ter construído a rodoviária! É coisa de louco!
Via Direta
***A vizinha Rio Branco, a aprazível capital do Acre tem alternado secas terríveis com cheias históricas. Novamente sua população enfrenta problemas de enchentes *** A região amazônica tem padecido com o mesmo problema, pois o Amazonas desde a década passada enfrenta o mesmo drama e Porto Velho também tem alternado, mesmo com menor frequência, secas e inundações *** O ex-senador Amir Lando se articula para disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados pelo MDB. Existem conversações também para que ele assuma a presidência estadual do partido em substituição ao deputado Lucio Mosquini*** Lando foi o único político rondonienses a conquistar um Ministério. Nenhum outro político local atingiu este patamar.
Carlos Sperança