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É enorme a canibalização bolsonarista na busca das duas cadeiras ao Senado em Rondônia

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Más escolhas

Como tudo tem consequências, a exploração do petróleo na foz do Amazonas também terá. Aliás, já tem: o som emitido pelos equipamentos de localização do óleo já vai afetando destrutivamente a vida marinha. O que virá do conjunto de mudanças trazido pela exploração petrolífera será uma transformação somente passível de ser revertida muitos anos depois que formas de energia mais baratas e duráveis venham sepultar em definitivo a era do petróleo.

Muitos países já pretendem banir o petróleo de suas relações econômicas. Proposta conjunta de Dinamarca e Costa Rica, na COP26, em 2021, na Escócia, 11 governos nacionais e regionais decidiram acabar com a concessão de novas licenças para a exploração de petróleo e gás em seus territórios, inclusive parte do Canadá e a Groenlândia, que o presidente Donald Trump também pôs sob ameaça. Além da França, Irlanda, Suécia e País de Gales, a Nova Zelândia, Portugal e Itália, mais o Estado norte-americano da Califórnia, deram sinais de apoio à iniciativa.

Por falta de visão dos governantes das últimas décadas, muitos recursos que poderiam ter multiplicado as fontes de energia renováveis foram desperdiçados com corrupção e obras vistosas, para mostrar nas peças de propaganda governamental. Não há como exibir a floresta, o sol e o vento como obras da gestão tal, mas quando o petróleo ficar inútil também sairá das propagandas.

Corrida sucessória

A corrida sucessória estadual em Rondônia está mesmo antecipada. O ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) já foi lançado na busca do Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual, e o atual prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD) já mostra o focinho nas redes sociais se declarando pronto para governar. O senador Marcos Rogério (PL) aguarda decisão do ex-governador Ivo Cassol (PP) para confirmar sua postulação, o senador Confúcio Moura (MDB) já deu a largada a sua campanha com a caravana esperança percorrendo os municípios rondonienses.

Mais definições

As outras definições em torno da sucessão do governador Marcos Rocha estão a caminho. O vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) garante que não vai arredar o pé da disputa e recentemente o deputado federal Fernando Máximo anunciou que deixará o União Brasil para disputar o CPA e tem os caminhos abertos no Podemos de Leo Moraes para assumir tal postulação. Da parte do ex-governador Ivo Cassol do PP, que se juntou com o União Brasil, formando o União Progressista, ele espera decisões favoráveis do Supremo para ser liberado para a disputa. Já são sete postulantes cogitados para a grande peleja, geralmente repleta de reviravoltas.

Baita canibalismo

É enorme a canibalização bolsonarista na busca das duas cadeiras ao Senado em Rondônia. São muitos pré-candidatos nesta campanha. Vejam os cogitados pelo segmento conservador: 1- Bruno Scheidt (Pl-Ji-Paraná) 2- Fernando Máximo (Podemos-Porto Velho) que também é cotado para disputar o governo estadual 3- Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná) 4-Deputado estadual Delegado Camargo (Grande Ariquemes) 5- Governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho). Lembrando que o ex-presidente Jair Bolsonaro está fechado com Bruno Scheidt e Fernando Máximo para o Senado e Marcos Rogério para o governo estadual. Mas Rocha, Silvia Cristina e o Delegado Camargo todos praticando fidelidade canina aso mito, como é que ficam?

Coisa é complicada

A disputa ao Senado no segmento conservador ficará mais complicada ainda se o ex-governador Ivo Cassol (PP) se livrar das amarras da justiça eleitoral e confirmar a disputa ao governo de Rondônia. Neste caso o bolsonarismo terá mais um candidato ainda, que seria o senador Marcos Rogério a reeleição. Os bolsonaristas estão cegos, num processo de canibalização, onde a briga será grande, além da regionalização das candidaturas. Numa situação de tanto racha os ex-senadores Valdir Raupp (MDB) e Expedito Junior (PSD) avaliam também suas possibilidades, já que contam com eleitorado fiel em suas regiões havendo a possibilidade de se eleger com votações mais baixas.

Desafio tucano

Projetado pelos dirigentes nacionais do PSDB como pré-candidato ao governo de Rondônia na última quinta-feira, o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves tem como primeiro desafio vitaminar a sigla tucana que nos últimos anos sofreu grande debandada da passarada e se transformou numa agremiação nanica. Para tornar sua postulação ao Palácio Rio Madeira algo crível vai precisar atrair lideranças para sua legenda para qualificar suas chapas a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados, uma dificuldade também estendida aos outros partidos para 2026. O lançamento de Hildon na quinta-feira não foi exatamente uma demonstração de força. Não deu para impressionar a concorrência.

Via Direta

*** Vendo tanta brigarada pelas mídias sociais entre bolsonaristas e esquerdistas é preciso lembrar que muitos bolsonaristas já foram petistas ferrenhos no passado e defendem agora com unhas e dentes o mito Jair Messias *** Não vou entrar neste ninho de vespas, sou daqueles que buscam uma terceira via ante está polarização que tantos danos tem causado ao País *** Com o agravamento da seca, Rio Branco, a capital acreana, decretou situação de emergência. Não tarda esta condição poderá chegar em Rondônia já que os poços caseiros na periferia de Porto Velho estão reduzindo os seus níveis de água drasticamente *** E muitos filhos pródigos petistas voltando ao ninho do partido de Lula em Porto Velho...


Carlos Sperança

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