Breno França
O Rio Negro, em Manaus, deve atingir o pico da cheia dentro de duas semanas, segundo projeção divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). A previsão é de que o nível da água não ultrapasse o recorde histórico de 30,02 metros, registrado em 2021.
O boletim faz parte do 3º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas de 2025 e também inclui a análise de outros municípios monitorados: Manacapuru, Itacoatiara e Parintins.
Manacapuru
Entre as cidades monitoradas, Manacapuru é a que mais demanda atenção no momento. De acordo com o SGB, o rio Solimões pode atingir 19,67 metros, com uma variação entre 19,41 metros e 19,94 metros. O alerta é de que há 65% de chance de o nível do rio alcançar a cota de inundação severa, estabelecida em 19,60 metros.
Apesar do risco elevado de inundação severa, a possibilidade de superar o recorde histórico registrado na cidade,de 20,86 metros, é considerada inferior a 1%.
Monitoramento e ações preventivas
As autoridades locais seguem em alerta e intensificam o monitoramento do avanço das águas. Em Manacapuru, o nível do rio já ultrapassou a cota de transbordamento e várias famílias foram afetadas. A Defesa Civil tem atuado com a remoção de moradores das áreas de risco e distribuição de ajuda humanitária.
Em Manaus, apesar do avanço da cheia, o cenário é de estabilidade quanto ao risco de inundação extrema. O monitoramento hidrológico do SGB segue ativo, acompanhando diariamente a evolução dos níveis dos rios na bacia amazônica.
Previsões para outros municípios
Em Itacoatiara e Parintins, os níveis também estão sendo monitorados, mas, segundo o SGB, o risco de inundação severa é menor do que o observado em Manacapuru.
A Defesa Civil orienta que moradores das áreas de risco acompanhem os alertas oficiais e sigam as recomendações de segurança. A expectativa é de que o processo de cheia se mantenha até julho, com picos variando conforme a região.
Karol Santos - Portal SGC