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Tarifas de Trump sobre aço e alumínio elevam tensões comerciais e pressionam mercado brasileiro

Aumento nas barreiras comerciais eleva tensão entre EUA e parceiros, e traz cautela ao Ibovespa nesta quarta-feira


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Divulgação

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana o aumento das tarifas sobre aço e alumínio importados, elevando a alíquota de 25% para 50%. A decisão, de caráter fortemente protecionista, visa estimular a indústria americana, mas já provoca reações negativas em mercados internacionais e reacende tensões com países exportadores entre eles, o Brasil.

Maior fornecedor de aço semiacabado para os EUA, o Brasil está entre os mais impactados pela medida. As principais siderúrgicas brasileiras, como Gerdau, Usiminas e CSN, registraram quedas expressivas nas ações, diante da perspectiva de redução nas exportações e aumento da imprevisibilidade comercial. Especialistas alertam que a indústria americana não possui capacidade produtiva suficiente para substituir o volume importado, o que pode pressionar preços e desorganizar cadeias de suprimento locais. No Brasil, o mercado financeiro reagiu com cautela o Ibovespa abriu esta quarta-feira (4) oscilando, refletindo a aversão ao risco em meio ao novo capítulo da guerra comercial.

Histórico de tensão

Essa não é a primeira vez que Trump aplica taxas sobre aço e alumínio importados nos EUA. Durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, ele criou tarifas e outras restrições para a importação desses produtos, mas todas haviam sido posteriormente retiradas.

Março de 2018: os EUA impuseram tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, mas o Brasil conseguiu isenção parcial via um sistema de cotas.

Agosto de 2018: as regras foram flexibilizadas, permitindo compras de aço brasileiro em caso de escassez nos EUA.

Dezembro de 2019: Trump acusou o Brasil de desvalorizar o real e ameaçou reinstaurar tarifas, mas recuou após contato com o então presidente Jair Bolsonaro.

Agosto de 2020: as cotas brasileiras foram drasticamente reduzidas.

Outubro de 2020: tarifas sobre chapas de alumínio brasileiras saltaram de 15% para 145%.

Julho de 2022: já sob o governo Biden, as restrições da era Trump foram finalmente revogadas.

Agora, com Trump de volta à presidência, o endurecimento nas tarifas reacende o temor de um ambiente hostil às exportações brasileira, O governo brasileiro acompanha o cenário e avalia alternativas diplomáticas e comerciais para mitigar os impactos, a medida amplia a incerteza no comércio global e lança dúvidas sobre os rumos da política econômica externa dos EUA sob a nova gestão republicana.



Talissia Maressa - Portal SGC

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