Breno França
Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), realiza até sábado (07/06) a Eco Amazônia, uma grande feira de sustentabilidade que reúne mais de 30 instituições dos setores público, privado, acadêmico e da sociedade civil.
O evento acontece no Centro de Convenções do Manaus Plaza Shopping, com entrada gratuita, das 10h às 20h. A programação inclui oficinas, exposições, painéis, feira criativa e apresentações culturais.
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) é uma das principais participantes do evento. A instituição preparou uma programação especial com oficinas, workshops, painéis de debate, exposições e apresentações artísticas, mostrando como o conhecimento acadêmico pode se conectar diretamente com as pautas ambientais.
"A UEA participa todos os anos das ações pelo Dia Mundial do Meio Ambiente. Este ano, unimos forças com a Sema para uma exposição integrada, trazendo projetos de pesquisa, extensão e inovação para apresentar à sociedade os resultados acadêmicos com foco na sustentabilidade," explicou Carlos Sandro, coordenador da UEA.
Durante os três dias, a universidade ocupa dois estandes com projetos que vão desde a reutilização de resíduos sólidos até a educação ambiental em comunidades do interior, passando por tecnologias aplicadas e pesquisas com impacto direto na preservação da floresta.
Um dos destaques do evento é a participação de empreendedores da floresta. A confeiteira Bárbara Monteiro, moradora da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro, trouxe para a capital seus doces artesanais à base de ingredientes amazônicos.
"É a primeira vez que saio da minha comunidade para participar de um evento assim. Cada produto é feito por mim, com muito amor e responsabilidade. É uma oportunidade de mostrar os sabores da floresta para o público urbano", disse a empreendedora.
Bárbara é fundadora da "Babi Sabores da Floresta", uma confeitaria que existe há seis anos e, nos últimos quatro, passou a focar na valorização da biodiversidade local. Seus bombons, geleias e doces carregam o sabor de frutas nativas e têm conquistado tanto turistas quanto moradores da região.
A Eco Amazônia também oferece oficinas gratuitas e práticas, como a produção de refrigerantes artesanais e kombuchas com plantas alimentícias não convencionais (PANCs), além de fabricação de sabão com óleo de cozinha reciclado, iniciativas que buscam estimular o consumo consciente e a reutilização de resíduos.
Um espaço exclusivo da feira foi dedicado à sociobiodiversidade das Unidades de Conservação do Estado, onde o público pode adquirir biojoias, cestarias, cosméticos naturais, fármacos da floresta, marchetaria e artesanato indígena, tudo produzido por comunidades tradicionais.
"Queremos mostrar que é possível proteger a floresta e gerar renda para quem vive nela. A bioeconomia tem potencial transformador e é isso que estamos reforçando aqui", afirmou Fabrícia Arruda, secretária executiva-adjunta de Gestão Ambiental da Sema.
Karol Santos - Portal SGC