Amazonas

Vale do Javari segue sob ameaça três anos após assassinato de Bruno e Dom

Advogado avalia que criminalidade na região aumentou


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Divulgação

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Três anos depois do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, o Vale do Javari, no Amazonas, continua marcado pela violência e pela insegurança. Bruno Pereira, reconhecido por sua dedicação à proteção dos povos indígenas isolados, e Dom Phillips, jornalista que investigava crimes ambientais na região, foram mortos em 2022 enquanto realizavam uma expedição para denunciar ilegalidades no território, mesmo após a prisão dos suspeitos pelo duplo homicídio, a região segue sob forte ameaça. Atividades ilegais como pesca predatória, garimpo e invasões continuam avançando, enquanto lideranças indígenas e servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) relatam ameaças frequentes. A presença do Estado é ainda insuficiente para garantir a proteção dos povos originários e dos profissionais que atuam na floresta.

A morte de Bruno e Dom mobilizou atenção nacional e internacional para a vulnerabilidade do Vale do Javari, que abriga a maior concentração de povos indígenas isolados do mundo. Para as comunidades locais, o episódio simboliza os riscos enfrentados por quem defende os direitos indígenas e o meio ambiente em uma região que ainda sofre com a ausência de políticas públicas eficazes.

Lideranças indígenas seguem cobrando mais segurança e ações efetivas do governo para impedir a continuidade da violência e garantir que a memória de Bruno e Dom não seja esquecida. A luta por justiça e preservação da Amazônia permanece viva, enfrentando desafios diários no coração da floresta.

Portal SGC

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