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O bombardeio dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã deixou o regime dos aiatolás sem opções fáceis. Pressionado a reagir, o governo iraniano enfrenta um dilema: responder com força e arriscar sua sobrevivência, ou recuar e encarar o desgaste interno e internacional.
Três caminhos possíveis e perigosos
1. Recuo diplomático:
A opção menos arriscada militarmente, mas a mais humilhante politicamente, seria aceitar os danos, protestar em fóruns internacionais e pedir apoio de aliados como Rússia e China. Essa estratégia daria tempo ao regime, mas seria vista como fraqueza, tanto pelos adversários quanto pela população iraniana.
2. Retaliação militar imediata:
A ala mais radical defende ataques diretos aos EUA ou a seus aliados na região, usando grupos como o Hezbollah, os Houthis e milícias no Iraque e na Síria. Essa resposta poderia levar a novos bombardeios americanos, inclusive contra alvos estratégicos e urbanos, além de ameaçar a vida de líderes do regime, como o aiatolá Ali Khamenei.
3. Espera silenciosa:
A alternativa mais improvável seria adiar a resposta, reorganizar forças e escolher o momento certo para retaliar. No entanto, a crise econômica, o descontentamento interno e a instabilidade política dificultam essa estratégia. Adiar a reação também seria visto como sinal de fraqueza.
Regime em xeque
Independentemente da escolha, o regime iraniano está diante de um risco real de colapso. Reagir pode acelerar uma guerra direta. Recuar ou hesitar pode corroer a base de apoio interna. A teocracia que sobreviveu por décadas equilibrando ameaças e diplomacia agora encara o maior teste de sua história recente.
Karol Santos - Portal SGC