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Integrantes da oposição avaliaram nesta quarta-feira (20) que a reviravolta na eleição da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi uma "vitória histórica".
A base governista nega e atua para minimizar a derrota. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirma que a CPMI não será "palco" e nem "palanque para a oposição". Segundo ele, o governo continua com a maioria no colegiado.
O comando da CPMI ficará com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) e a relatoria com o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A oposição conseguiu derrotar as indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O indicado de Alcolumbre era o senador Omar Aziz (PSD-AM), que recebeu 14 votos — três a menos que Viana. Randolfe negou que tenha ocorrido uma falha de articulação, mas sim uma "circunstância regimental" com suplentes do Partido Liberal votando em função da ausência de titulares.
A articulação para a mudança na Mesa foi feita nos últimos dias por lideranças da oposição com outras bancadas. O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), afirmou que a negociação realizada garantiu que o comissão não fosse "capturada pelo governo e nem acabe em pizza".
"Foram conversas, madrugadas a dentro, muito trabalho de vários partidos, vários deputados e senadores. Mas não ganha o partido A ou B, não ganha a oposição. Ganha o Brasil. Nós teríamos uma CPMI, como todo mundo fala, que se transformaria em pizza", afirmou Zucco em entrevista a jornalistas no Senado.
O que o Brasil deseja é que ladrões sejam descoberto, dinheiro devolvido, a corrupção seja cessada e que independente de ideologia a cadeia seja o único caminho para dar ao exemplo a esse país de que a impunidade pela corrupção não pode ser a tônica desta nação", acrescentou.
A CPMI mira investigar os descontos ilegais em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), revelados em abril após operação da Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU).
CNN