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Os atos de vandalismo cometidos por ciclistas em ônibus têm se tornado uma preocupação constante em Manaus. Dados do Sinetram mostram que, entre os dias 10 de agosto e 17 de setembro de 2025, foram registrados 13 casos de danos a veículos do transporte público. O levantamento aponta que a prática, antes isolada, passou a ser recorrente em regiões específicas da cidade, como a Ponta Negra, Avenida Coronel Teixeira e Redenção.

Segundo o Tárcio Marques, Gerente de Operações do Sinetram. os ciclistas se penduram na parte traseira dos ônibus durante a circulação, prática extremamente perigosa tanto para eles quanto para os demais usuários da via. Por se tratar de um ponto cego, os motoristas não conseguem visualizar a ação, o que aumenta o risco de acidentes graves.

"A gente acompanha com muita preocupação. Eram casos isolados, hoje já são recorrentes em algumas áreas da cidade. Essa prática é extremamente perigosa, principalmente para o próprio ciclista, que fica em um ponto cego e não consegue ver o que tem à frente", afirmou Tárcio.
Além dos riscos à segurança, o vandalismo tem gerado prejuízos financeiros. Cada ocorrência representa, em média, R$ 1.540 em danos. Desse valor, cerca de 60% corresponde a custos indiretos como a retirada do veículo de operação e 40% a custos diretos, como substituição de lanternas e reparos na lataria. Mantido esse ritmo, o prejuízo pode ultrapassar R$ 100 mil ao ano.

Além do risco à vida, tem o prejuízo para as empresas e para o passageiro, que acaba sendo afetado quando o ônibus fica parado para manutenção. Estamos trabalhando com campanhas educativas e articulando com a Guarda Municipal e a Polícia Militar para conter essa prática", completou Tárcio.
O Sinetram informou que tem intensificado ações de conscientização e repassado as informações sobre a recorrência dos casos às forças de segurança, na tentativa de reduzir os atos de vandalismo e garantir mais segurança no transporte coletivo.
Talissia Maressa - Portal SGC