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A Câmara Municipal de Manaus atravessa um período conturbado, marcado por escândalos e instabilidade interna. Em meio a esse cenário, o presidente da Casa, vereador David Reis (Avante), tem adotado uma postura distante e pouco assertiva, que levanta questionamentos sobre sua capacidade de liderança.
Casos como a recente prisão do vereador Rosinaldo Bual e o iminente processo de cassação de Jaildo dos Rodoviários exigiriam ações firmes da presidência da Câmara. No entanto, a resposta de David Reis tem sido tímida, quando não completamente ausente. Declarações genéricas e a falta de posicionamento público sugerem uma tentativa de se manter neutro, mesmo quando a situação exige firmeza institucional.
A condução apática diante de episódios tão sérios reforça a percepção de um comando enfraquecido. Ao invés de tomar a dianteira na resolução dos impasses e na defesa da integridade da Casa Legislativa, David Reis parece mais empenhado em construir sua candidatura à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deixando a Câmara entregue à desorganização e à desconfiança da sociedade.
A falta de direção clara também atinge setores técnicos da Câmara, como a Procuradoria, que tem se limitado a assistir passivamente à sucessão de problemas. Sem emitir notas técnicas ou orientações jurídicas consistentes, o órgão reforça o sentimento de paralisia institucional.
Diferente do que muitos poderiam interpretar como cautela, o silêncio do presidente em momentos de crise é visto como omissão. Em qualquer instância de poder, sobretudo no Legislativo, a ausência de respostas e a recusa em assumir responsabilidades corroem a credibilidade da instituição.
A população manauara não pode aceitar um parlamento que se acomoda diante de crises. É essencial que a Câmara recupere seu papel fiscalizador e sua relevância política. Isso passa, necessariamente, por uma mudança de postura no comando da Casa, onde o silêncio já deixou de ser uma escolha e passou a ser um grave erro político.
Portal SGC