Queimadas e adaptação: A resiliência de um agrônomo em tempos difíceis
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As queimadas florestais deixaram profundas marcas na propriedade do engenheiro-agrônomo Gustavo Gonçalves, localizada na zona rural de Porto Velho, capital de Rondônia. Durantes dois meses a fumaça densa que se espalhou pela região bloqueou os raios solares, um fator crucial para o crescimento e desenvolvimento adequado das plantas. Essa situação teve um impacto devastador nas suas lavouras, especialmente na produção de melancias, que era seu principal objetivo.
Gustavo havia feito investimentos consideráveis, esperando colher entre 250 a 300 toneladas de melancia em uma safra marcada por boas expectativas. No entanto, a realidade foi frustrante: a colheita totalizou apenas 15 toneladas. O que poderia ser uma abundante produção, transformou-se em um pesadelo, resultando em perdas significativas que afetaram não só sua propriedade, mas também repercutiram no setor agrícola do estado. "Eu tiver que adotar um plano B, decidi diversificar minhas lavouras, passei a investir em outras espécies, como o quiabo, iniciei um cultivo de milho, buscando amenizar os prejuízos acumulados". Comentou Gustavo.
Mas o custo da irrigação foi um desafio adicional, com gastos que variam de 250 a 300 reais por dia para manter a plantação de milho. Contudo, a esperança de que, em apenas 40 dias, poderia iniciar sua colheita trouxe um novo ânimo. Os lucros da colheita do milho podem variar entre 15 a 20 mil reais por equitárea, e ele possui 37 dequitares plantadas. "Para reduzir os impactos deixados pela fumaça, eu também comecei um novo investimento com o plantio de melão, diversificando ainda mais a minha produção". Finalizou Gustavo Gonçalves.
A luta de Gustavo Gonçalves é um reflexo das dificuldades enfrentadas por muitos agricultores brasileiros, que, diante de desastres naturais e consequências humanas, buscam se reerguer e adaptar suas práticas para garantir sua sobrevivência e sucesso.
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