Com mercado de olho nas tarifas internacionais, milho sobe até 1,3% na B3
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A quarta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando fortes movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 71,50 e R$ 88,79.
As posições do milho na B3 subiram no pregão de hoje, após os fortes recuos da última terça-feira, que levaram o maio/25 abaixo dos R$ 80,00.
De acordo com a análise da Agrinvest, o mercado ficou de olho nas tarifações da União Europeia sobre os grãos dos Estados Unidos.
A expectativa é que esse movimento possa fazer com que alguma demanda venha para o Brasil, o que refle em suporte importante para o milho brasileiro.
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 88,79 com valorização de 1,36%, o maio/25 valeu R$ 79,50 com baixa de 0,28%, o julho/25 foi negociado por R$ 72,09 com alta de 0,26% e o setembro/25 teve valor de R$ 71,50 com ganho de 0,42%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou avanços neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas indentificou desvalorização apenas em Castro/PR e Sorriso/MT, enquanto as valorizações apareceram em Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão desta quarta-feira contabilizando movimentações negativas.
Segundo análise da Agrinvest, o movimento negativo de hoje foi reflexo do aumento das tarifas retaliatórias da União Europeia e do Canadá sobre produtos dos Estados Unidos.
A China também sinalizou possíveis retaliações, afirmando que adotará todas as medidas necessárias para proteger seus interesses, o que deve dificultar a comercialização de grãos americanos na exportação, mantendo um cenário de forte pressão.
Outro fator negativo para o milho de Chicago foi o relatório de oferta e demanda mundial que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou ontem, mantendo suas estimativas para a safra de milho da Argentina e para os estoques finais dos EUA 2024/25 inalteradas, contrariando as expectativas dos analistas para reduções em ambos os números.
O USDA manteve suas previsões de produção de milho da Argentina e do Brasil inalteradas em 50 milhões de toneladas (1,97 bilhão de bushels) e 126 milhões (4,96 bilhões de bushels), respectivamente.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,48 com baixa de 7,75 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,60 com desvalorização de 9,50 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,67 com queda de 9,50 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,42 com perda de 7,25 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira (11), de 1,70% para o março/25, de 2,02% para o maio/25, de 1,99% para o julho/25 e de 1,61% para o setembro/25.
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