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Nova espécie de tubarão fantasma é descoberta por cientistas da Nova Zelândia

Harriotta avia vive em águas profundas do oceano de até 2.600 metros


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Nova espécie de tubarão fantasma é descoberta por cientistas da Nova Zelândia

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Cientistas descobriram uma nova espécie de tubarão fantasma que vive em águas profundas do oceano, perto da Austrália e da Nova Zelândia.

O peixe-espantalho de nariz estreito da Australásia, batizado de Harriotta avia, foi encontrado em Chatham Rise, uma área do fundo do oceano na costa leste da Ilha Sul da Nova Zelândia, por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa Aquática e Atmosférica da Nova Zelândia (NIWA).

Anteriormente, os cientistas acreditavam que a espécie fazia parte de uma única classe distribuída globalmente, no entanto, agora eles descobriram diferenças genéticas e morfológicas, segundo um comunicado emitido na terça-feira (24).

Um animal de águas profundas, o tubarão fantasma é cientificamente conhecido como quimera e está intimamente relacionado aos tubarões e às arraias.

Eles são peixes cartilaginosos — com esqueletos compostos principalmente de cartilagem — e embriões que crescem em cápsulas de ovos depositadas no fundo do mar e se alimentam da gema do ovo até eclodirem.

Após esse processo, eles se alimentam de crustáceos, como camarões e moluscos, de acordo com a NIWA.

"Harriotta avia é única devido ao seu focinho alongado, estreito e deprimido; tronco longo e fino; olhos grandes; e barbatanas peitorais muito longas e largas. É uma linda cor marrom-chocolate", disse Brit Finucci, cientista pesqueiro da NIWA, na declaração.

"Tubarões fantasmas como este são amplamente confinados ao fundo do oceano, vivendo em profundidades de até 2.600 metros. Seu habitat os torna difíceis de estudar e monitorar, o que significa que não sabemos muito sobre sua biologia ou status de ameaça, mas isso torna descobertas como essa ainda mais emocionantes", acrescentou.

Finucci ainda disse que deu à nova espécie o nome de sua avó. "Avia significa avó em latim; eu queria fazer esta homenagem a ela porque ela me apoiou com orgulho em minha carreira como cientista".

"As quimeras também são parentes bastante antigos — as avós e os avôs — dos peixes e achei que o nome era bem adequado", continuou.

Em fevereiro de 2022, Finucci fez parte de uma equipe que descobriu um tubarão fantasma recém-nascido que, segundo eles, poderia aumentar seu conhecimento sobre a criatura "misteriosa".

O animal foi encontrado a uma profundidade de cerca de 1.200 metros no Chatham Rise. "Na verdade, não sabemos muito sobre tubarões fantasmas", afirmou à CNN na época.

"O que sabemos vem, principalmente, de espécimes adultos. Então é muito raro e muito incomum encontrar juvenis de muitas dessas espécies, então é por isso que fiquei bastante animado", finalizou.

cnnbrasil

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