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Direita domina o discurso, mas não entrega resultados: episódio debate a crise democrática e desafios

Nova edição do podcast apresentado por Roberto Sobrinho reúne Vinícius Miguel (PSB), Samuel Costa e Carol Zumener (Rede)


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Põe na Bancada

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Em um estado onde a direita ainda concentra poder e influência, o Põe na Bancada desta semana colocou em debate as contradições da política rondoniense e brasileira. Com apresentação de Roberto Sobrinho, o episódio reuniu Vinícius Miguel (presidente estadual do PSB) e os advogados Samuel Costa e Carol Zumener (porta-vozes da Rede Sustentabilidade) para discutir a crise de representatividade, o uso político da fé e os caminhos para reconstruir a confiança na democracia.

"Partidos e Congresso estão entre as instituições menos confiáveis. Por que a democracia parece cansada e o povo se sente tão distante da política?", questionou Roberto logo na abertura.

Ele lembrou decisões recentes do Congresso que ampliaram o descrédito popular: "A PEC da Blindagem, que restringe investigações e punições contra parlamentares, foi vista como um pacto de autoproteção. Ao mesmo tempo, votações que poderiam aumentar impostos sobre apostas e grandes fortunas foram barradas, mantendo privilégios dos bilionários e das casas de aposta. E no caso da energia elétrica, parlamentares de Rondônia votaram contra uma proposta do governo federal que reduziria o custo da tarifa — um exemplo claro de omissão política diante de um problema que afeta diretamente o bolso da população."

A política se afastou da vida real

Vinícius Miguel afirmou que "a política se afastou do cotidiano das pessoas" e que "a democracia virou um ritual a cada dois anos, sem retorno para o cidadão comum." Samuel Costa avaliou que "vivemos o esgotamento das democracias liberais", mas que esse momento "pode ser uma oportunidade de reconstruir a confiança pela base, com ética e participação." Carol Zumener completou: "As pessoas não se veem representadas. Elas olham pra política e não se reconhecem. É por isso que o campo progressista precisa de novas vozes, novas narrativas e novos rostos."

A direita avança com fé, moralismo e emoção

"Mesmo sem resultados concretos, a direita domina Rondônia. Usa religião, comunicação e recursos públicos para se manter", destacou Roberto.

Vinícius Miguel explicou: "A direita defende o Estado mínimo e o individualismo, enquanto a esquerda quer um Estado que garanta direitos e planeje o futuro." Samuel Costa acrescentou: "A direita aprendeu a disputar o sentimento. A esquerda precisa reaprender a disputar o coração das pessoas." Carol Zumener reforçou: "Eles oferecem acolhimento simbólico. Nós precisamos oferecer acolhimento real, porque o povo quer ser ouvido e cuidado."

O grupo também comentou o caso de Eduardo Bolsonaro, que viajou aos Estados Unidos para pedir taxações sobre produtos brasileiros: "É a prova de que o bolsonarismo não tem compromisso com o país", disse Vinícius. "É ideologia acima da nação", afirmou Samuel. "Quem governa com slogans, governa contra quem trabalha", completou Carol.

O uso da fé como arma política

Samuel Costa classificou o fenômeno como "estelionato religioso": "A fé é legítima, mas não pode virar ferramenta política." Vinícius Miguel lembrou que "Jesus expulsou os vendilhões do templo" e que "fé e política podem dialogar, mas não se confundir." Carol Zumener completou: "O lugar de fé é o lugar da vulnerabilidade. Usar o altar para pregar ódio é profanar o sagrado."

Rondônia em disputa: contradições e esperanças

"A direita se divide entre Marcos Rocha e Marcos Rogério, enquanto o campo progressista se reorganiza com novas alianças e entregas reais do governo federal", observou Roberto.

Vinícius Miguel afirmou que "o campo progressista tem espaço se falar de resultados e ética. A sociedade está cansada de discursos vazios." Samuel Costa destacou o investimento de R$ 1,5 bilhão do governo Lula em Rondônia: "É a prova de que quem governa para o povo entrega. Falta comunicar isso, traduzir em presença e diálogo." Carol Zumener concluiu: "Esperança é ação. O governo Lula está mostrando que é possível reconstruir com políticas públicas e respeito às pessoas."

No encerramento, Roberto Sobrinho sintetizou: "Rondônia só vai avançar quando o povo voltar a acreditar que o Estado existe para servir, não para se servir."

O episódio reafirma que a crise democrática é também uma crise emocional: enquanto a direita avança com fé e emoção, o desafio do campo progressista é reconectar a política à vida real, com resultados concretos, ética e empatia.

📺 Exibição: Sábado, às 19h30, na RedeTV Rondônia

📡 Reprise: Terça, às 20h30, na TV Cultura

🎧 Disponível em: YouTube e Spotify - Põe na Bancada

📱 Siga: @RobertoSobrinhoTV | @PoenaBancada


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