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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entrou com recurso nesta terça-feira, 12, contra a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que havia rejeitado denúncia de estelionato contra Bruno Henrique, do Flamengo, e o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, no caso da acusação de manipulação esportiva.
A medida aponta equívoco do juiz Fernando Brandini Barbagallo em acatar apenas a denúncia por manipulação esportiva, que pode ter pena de reclusão de dois a seis anos, e multa. Na decisão desta terça, o MP reforça o pensamento de que o atacante teria se beneficiado indevidamente de casas de apostas por meio de palpites fraudulentos.
O órgão ainda recorreu à decisão do TJ em rejeitar o pedido de fiança no valor de R$ 2 milhões e do cumprimento de demais medidas cautelares contra todos os acusados. Essas medidas incluem a proibição de abrir contas e de realizar apostas em plataformas online regulamentadas no Brasil.
Apesar de mais este passo, o Terra apurou que a defesa de Bruno Henrique enxerga a atitude como uma "bola fora" do MP e uma "vitória" do atleta no caso. Isso porque o órgão não teria anexado o boletim de ocorrência das próprias casas de apostas se dizendo prejudicadas pela possível ação dos envolvidos.
Ao acatar 'apenas' a denúncia por manipulação esportiva, o juiz do Tribunal de Justiça já havia apontado a ausência dessa representação formal das empresas supostamente lesadas.
Recentemente, Bruno Henrique foi denunciado pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por manipulação de resultados envolvendo apostas esportivas.
A suspeita está relacionada à derrota da equipe por 2 a 1 para o Santos, em 1º de novembro de 2023. Na ocasião, o atacante teria avisado ao irmão que receberia cartão amarelo, com o objetivo de beneficiar os apostadores.
Terra