Foto: Reprodução
A britânica Felicity Benyon, de 37 anos, viveu uma situação traumática durante o parto de seu filho após e ter sua bexiga removida por engano durante uma cesariana. O incidente ocorreu em 2015, no Queen's Medical Center, na Inglaterra, mas só foi divulgado, nesta semana, pelo The Mirror.
Conforme o Benyon, quando estava na mesa de cirurgia de cesárea, prestes a dar à luz seu segundo filho. Os médicos, erroneamente, removeram sua bexiga, alegando que era necessário devido a uma complicação rara e potencialmente fatal na gravidez, conhecida como placenta percreta. Entretanto, a mãe denúncia que as diretrizes não foram seguidas segundo o protocolo médico, o que quase resultou em sua morte.
Ainda segundo a mulher, durante o parto o médico responsável pela cirurgia descreveu a cena como algo saído de um filme de ficção científica, pois não conseguia distinguir o útero, a placenta e o bebê. Além disso, durante a cesariana a situação se agravou quando a placenta ficou completamente aderida ao útero, obrigando os médicos a realizar uma histerectomia de emergência.
De acordo com testemunhas, durante o procedimento de histerectomia não havia um urologista no hospital. Por isso, um médico de outra instituição precisou ser chamado às pressas para salvar a mãe, que estava na mesa de cirurgia, sangrando e com problemas de urina.
Após acordar da anestesia, Felicity foi informada sobre a remoção de sua bexiga devido à complicação da placenta percreta. No entanto, anos após o procedimento, ela descobriu que sua bexiga estava saudável, e sua remoção foi um erro médico grave. Agora, ela depende de uma bolsa de urostomia permanente para eliminar a urina.
VIOLÊNCIA NO PARTO
Assim como a experiência angustiante de Felicity, outras das 1.800 mães do Reino Unido fazem parte do programa Revisão de Maternidade em andamento, que está investigando problemas em departamentos de maternidade em hospitais do grupo. O objetivo é buscar a verdade e responsabilizar os envolvidos em erros médicos que afetaram a segurança de mães e bebês.
No Brasil, conforme a pesquisa "Nascer no Brasil" em 2022, 45% das mulheres afirmam ter sofrido algum tipo de violência obstétrica no SUS e na rede privada, 30%.
Tipos de violência obstétrica
O Tempo