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Hamas x Israel: 13 israelenses são libertados na trégua de 4 dias

Trégua entre Israel e Hamas está prevista para durar quatro dias. Os reféns devem passar pela fronteira do Egi


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Foto: Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

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O primeiro grupo de reféns israelenses foi libertado às 11h (16h, no horário local) desta sexta-feira (24/11). Os 13 primeiros estariam sob custódia da Cruz Vermelha no Egito. A soltura é resultado de uma trégua que começa hoje, um dia após a data prevista no anúncio original, e vai durar quatro dias.

Tanto o grupo extremista Hamas quanto Israel firmaram um acordo de cessar-fogo para que 50 reféns —mulheres e menores de 19 anos — sejam libertados, em troca de 150 mulheres e adolescentes palestinos detidos em Israel.

Cerca de 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro, quando se iniciaram as ofensivas do grupo extremista contra o território israelense. Desses, 50 reféns na Faixa de Gaza devem ser libertos em grupos — provavelmente, uma dúzia por dia, até o fim do cessar-fogo.

Segundo o acordo firmado, 39 crianças e mulheres palestinas mantidas em prisões israelenses serão libertas nesta sexta, enquanto o grupo extremista libertará 13 reféns, de acordo com informações da emissora estatal egípcia Al Qahera News. Porém, ainda não há confirmação de que eles foram liberados.

Tal número segue a proporção de três palestinos soltos para cada refém em Gaza. Essa medida foi confirmada pelo braço armado do Hamas, Al-Qasam, nessa quinta (22/11).

Rota de libertação dos reféns

O resgate dos presos pelo Hamas provavelmente deve ocorrer pelo Egito — único país, além de Israel, que divide fronteira com Gaza. Do país árabe, o grupo será levado de volta a Israel.

Peça-chave nas negociações, o governo do Catar informou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha vai trabalhar em Gaza para facilitar a libertação dos reféns.

Quem são os reféns do Hamas?

Nessa quinta, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que recebeu uma lista inicial com as identidades dos reféns a serem libertados de Gaza.

Ao todo, 50 sequestrados serão soltos no período de quatro dias. O grupo é formado por mulheres e menores de 19 anos. Destes, três são cidadãos norte-americanos.

Quem são os palestinos presos em Israel?

Conforme lista divulgada pelo governo israelense, há cerca de 300 prisioneiros palestinos com autorização para serem soltos. Israel também afirmou que espera que mais de 50 reféns sejam libertados sob a trégua com o Hamas.

Até quarta (22/11), quase 7,2 mil palestinos estavam detidos em prisões israelenses. Entre eles, 88 mulheres e 250 adolescentes de até 17 anos, segundo informações da Sociedade de Prisioneiros Palestinos.

A maioria dos nomes da lista correspondem a moradores da Cisjordânia, território ocupado por Israel, e de Jerusalém. Muitos foram detidos por:

tentativa de esfaqueamento;

atirar pedras contra soldados israelenses;

fazer explosivos;

danificar propriedades; e

ter contato com organizações hostis.

Nenhum dos 300 presos é acusado de assassinato. Grande parte deles está encarcerada por detenção administrativa, ou seja, foram detidos sem julgamento.

Entrada de ajuda humanitária

Durante a trégua, caminhões lotados de suprimentos (medicamentos, alimentos, água potável etc.) e combustível podem atravessar a fronteira para Gaza, onde mais de 2,3 milhões de pessoas enfrentam uma crise humanitária após o "cerco total" promovido por Israel.

O Catar disse que o cessar-fogo permitiria que um "maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária" entre em Gaza, incluindo combustível, mas não deu detalhes sobre as quantidades.

Ainda conforme anúncio do braço armado do Hamas, 200 caminhões de ajuda humanitária e material médico e quatro carregados com combustível devem entrar diariamente em Gaza durante o cessar-fogo.

Os números da guerra

O confronto entre Israel e Hamas dura seis semanas.

De acordo com as autoridades de Gaza, 15.083 palestinos morreram. Pelo lado de Israel, foram mais de 1,2 mil pessoas, a maior parte durante os ataques do Hamas em 7 de outubro.

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Metrópoles

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