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O dólar avança no exterior nesta quarta-feira, com a demanda por ativos de proteção crescendo em meio às preocupações renovadas sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Investidores também monitoram os dados de inflação no Reino Unido acima das estimativas de consenso.
Perto das 8h45, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas, avançava 0,43%, para 106,66 pontos. O euro recuava 0,54% frente ao dólar, negociado a US$ 1,0550; a libra esterlina caía 0,30%, a US$ 1,2656, ao mesmo tempo que o dólar subia 0,68% frente ao iene, a 155,78 ienes.
A Ucrânia realizou na terça-feira seu primeiro ataque com mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA na Rússia, enquanto a Rússia atualizou sua doutrina nuclear, reduzindo o limite para o uso de armas nucleares. Segundo o Unicredit Research, os ganhos do dólar lembram aos investidores que a moeda continua sendo a "moeda de refúgio seguro preferida do mundo" junto com o iene japonês e o franco suíço, dizem, em uma nota.
A alta do dólar ocorre mesmo em meio aos dados mais fortes de inflação britânica. Mais cedo, o Escritório de Estatísticas Nacionais apontou que os preços ao consumidor avançaram 2,3% em relação a outubro do ano passado no Reino Unido, um aumento em relação à taxa de inflação de 1,7% registrada em setembro.
Ainda, os salários na zona do euro aumentaram em um ritmo muito mais rápido durante os três meses até setembro, embora os sinais de uma desaceleração no próximo ano provavelmente aliviem as preocupações no Banco Central Europeu.
O BCE disse hoje que os salários definidos por meio de negociações entre empregadores e sindicatos ou órgãos semelhantes foram 5,42% maiores do que no ano anterior, uma retomada do aumento de 3,54% registrado nos três meses até junho. Foi o aumento mais rápido nos salários desde o início de 1993.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
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