Ucrânia faz cortes emergenciais de energia após ataque aéreo russo
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A Ucrânia realizou cortes de energia de emergência em seis regiões em meio ao que as autoridades descreveram como um ataque "massivo" de mísseis russos, informou a operadora da rede nacional nesta quarta-feira (15).
A força aérea de Kiev alertou sobre vários grupos de projéteis lançados pela Rússia em meio a um alerta de ataque aéreo nacional, mas não houve relatos imediatos de danos.
Em uma declaração, a Ukrenergo relatou que fez os cortes de energia nas regiões de Kharkiv, Sumy, Poltava, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Kirovohrad.
Separadamente, o ministro ucraniano da energia, German Galushchenko, escreveu nas redes sociais que "medidas preventivas" envolvendo o sistema de distribuição também estavam em vigor.
A Rússia realizou ataques aéreos regulares na rede de energia da Ucrânia enquanto suas forças terrestres avançam no campo de batalha na invasão de três anos do Kremlin.
A população da capital ucraniana, Kiev, se abrigaram em estações de metrô na manhã desta quarta-feira, enquanto os ataque aéreos aconteciam.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.
A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente - e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
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