Líder supremo do Irã promete retaliações contra os EUA em caso de ataques de Trump

Em um discurso contundente nesta sexta-feira (7/2), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, lançou um alerta direto aos Estados Unidos, afirmando que o país tomará medidas recíprocas caso Washington cumpra suas ameaças ou ataque a nação persa. "Se eles nos ameaçarem, nós os ameaçaremos. Se eles atacarem a segurança de nossa nação, atacaremos a segurança deles sem hesitação", declarou Khamenei durante uma reunião com comandantes do Exército iraniano.

Khamenei também fez um apelo à administração iraniana, advertindo contra qualquer tentativa de negociação com os EUA, que ele classificou como "imprudente". O líder supremo enfatizou que os Estados Unidos já haviam "arruinado, violado e rasgado" o acordo nuclear de 2015, e que sentar-se à mesa de negociações não resolveria os problemas do Irã. "Nenhum problema será resolvido por meio de negociações com os EUA", reiterou.

Em meio a esse clima de tensão, Khamenei reforçou suas alianças regionais, nomeando o líder do Hezbollah, Naim Qassem, como seu representante no Líbano. O Hezbollah, um partido político islâmico xiita com um braço armado, é um aliado estratégico do Irã e se opõe a Israel. O decreto de Khamenei destaca a importância do Hezbollah na geopolítica da região, especialmente após a morte do ex-líder Hassan Nasrallah em um ataque israelense.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, se reuniu com líderes do Hamas em Doha, discutindo a reconstrução em Gaza, o que demonstra a intenção do Irã de fortalecer suas relações com grupos palestinos.

Com a escalada das tensões entre o Irã e os EUA, e o fortalecimento das alianças regionais, o cenário no Oriente Médio continua a ser um ponto de preocupação global. O que acontecerá a seguir? A comunidade internacional observa atentamente.

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