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O nível de confiança dos britânicos na economia caiu para o patamar mais baixo já registrado pelo indicador, cujos dados começaram a ser coletados desde 1978 - ou seja, há 47 anos, quase meio século. A pesquisa é realizada pela Ipsos Mori e foi divulgada neste domingo (27).
O levantamento toma como base avaliações sobre a situação da economia para os próximos 12 meses. Para esse período, 75% dos britânicos esperam que a situação piore. O número representa uma elevação de 8 pontos percentuais, na comparação com os dados divulgados em março. Em contrapartida, 7% acreditam que a economia vai melhorar. Para 13%, as condições permanecerão estáveis. O saldo líquido negativo atingiu o maior grau desde que a Ipsos começou a coletar os dados, em 1978.
De acordo com o instituto de pesquisas, o pessimismo sobre a economia já havia subido 30 pontos percentuais em relação a junho passado, mesmo antes da divulgação dos novos números.
Consumidor desconfiado
Uma análise mensal feita pelo grupo de pesquisa GfK, também divulgada nesta semana, já havia constatado uma queda da confiança do consumidor. De acordo com o relatório, ela caiu quatro pontos em abril. Nesse caso, o indicador atingiu o nível mais baixo de 2025. Tal pessimismo representa um desafio adicional para o primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer (foto em destaque). Ele foi eleito em julho para transformar a Grã-Bretanha na economia de crescimento mais rápido no G7, o grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo.
Tarifaço
Se a projeção da situação econômica do Reino Unido já não parecia promissora, essa avaliação agravou-se nas últimas semanas com as sobretaxas para produtos importados, impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril. As tarifas, nesse caso, foram fixadas em 10% pelo republicano.
A Grã-Bretanha, porém, está tentando evitar as tarifas recíprocas negociando um novo acordo econômico com os americanos. Para escapar do tarifaço, uma das propostas cogitadas é a redução de impostos cobrados das grandes empresas de tecnologia dos EUA.
CNN Brasil