Lauanny Hester Rodrigues, de 2 anos, foi espancada até a morte em Ariquemes (RO)
— Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Pai, madrasta e avó foram acusados de torturar e matar a pequena Lauanny Hester, de apenas 2 anos de idade. A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) negou o recurso apresentado pela defesa de Willian Monteiro da Silva, Ingrid Bernardino Andrade e Suely dos Santos Monteiro. Eles buscavam anular a condenação obtida pelo Tribunal do Júri em dezembro de 2021, na cidade de Ariquemes (RO).
O crime chocante que resultou na morte de Lauanny Hester ocorreu em 2019, em uma casa em Ariquemes, onde a menina vivia com a avó. Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (3), o relator do caso, desembargador Francisco Borges, negou os pedidos de desclassificação dos crimes de assassinato e tortura para outros menos graves, bem como a redução das penas impostas.
De acordo com os detalhes do processo, a criança foi torturada e morta simplesmente por mexer na farinha de trigo e detergente, subir na mesa e quebrar uma lâmpada. Vizinhos relataram ter ouvido os gritos da menina sendo espancada e acionaram uma ambulância. No entanto, quando a equipe médica chegou ao local, Lauanny já não apresentava sinais vitais.
O corpo da criança foi encontrado na saída da cozinha para a varanda da casa. Poucos minutos após o ocorrido, o pai e a madrasta foram localizados e presos próximo a uma prainha do Rio Jamari. Além disso, o casal carregava consigo um bebê de apenas 5 meses, filho deles.
As investigações revelaram que Lauanny estava sob a guarda da avó Suely, que estava proibida de entregá-la ao pai. Por essa razão, a avó também foi responsabilizada pela morte da menina e por abandono de incapaz.
William e Ingrid encontram-se presos desde setembro de 2019, quando ocorreu a tragédia que tirou a vida da criança. A decisão da 2ª Câmara Criminal do TJ-RO mantém as condenações de ambos a 57 anos de prisão em regime fechado. Já a avó Suely foi sentenciada a 39 anos de reclusão.
O caso de Lauanny Hester chocou a população de Ariquemes e levantou discussões sobre a necessidade de proteção das crianças contra casos de violência doméstica e maus-tratos. A negativa do recurso pela 2ª Câmara Criminal reafirma a decisão do Tribunal do Júri e mantém a responsabilidade dos acusados pelos terríveis atos que resultaram na perda de uma vida tão jovem e inocente.
Redação SGC