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Sindicato suspeita que policial penal foi morto após "salve" do PCC

Sérgio Ferreira dos Santos, de 48 anos, foi sequestrado na segunda (13/1) e seu corpo foi encontrado em Osasco (SP) nesta quarta (15/1)


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Sindicato suspeita que policial penal foi morto após “salve” do PCC

Reprodução

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O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifupesp) suspeita que o policial penal Sérgio Ferreira dos Santos, de 48 anos, foi morto em uma ação de "salve geral", uma ordem dada por lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) aos demais integrantes da facção criminosa, geralmente associada à identificação, localização e ataques a agentes de segurança pública.

O que se sabe sobre o caso

  • Sérgio Ferreira dos Santos foi encontrado morto em um cemitério clandestino na comunidade Santa Rita, em Osasco, na Grande São Paulo, nessa terça-feira (14/1).
  • Ele foi sequestrado perto de sua residência, na Vila Menk, na segunda-feira (13/1).
  • Até o momento, não há informações oficiais sobre a motivação do crime.
  • De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles, Sérgio estava em um bar perto de sua casa na segunda-feira, aguardando um carro de aplicativo para ir trabalhar. Segundo uma testemunha, o dono do bar, o agente foi abordado por dois indivíduos desconhecidos, um deles armado, que o atraiu para dentro do veículo.
  • O homem armado teria dito a Sérgio: "Vamos conversar. Se a gente quisesse te matar, já teria matado". O policial penal foi colocado no carro e o veículo tomou rumo desconhecido.
  • Quando chegou ao bar e não encontrou Sérgio, o motorista de aplicativo conversou com o dono do estabelecimento, que relatou a ele o ocorrido.
  • Por meio das redes sociais, o motorista conseguiu o contato de um amigo de trabalho da vítima, que foi à residência dele e avisou à mãe da vítima o que tinha acontecido com ele. A irmã do policial penal também foi avisada, e registrou o boletim de ocorrência.
  • Sérgio trabalhava na segurança externa do Centro de Detenção Provisória (CDP) I de Osasco.
  • O caso foi inicialmente registrado no 5º Distrito Policial de Osasco como "extorsão mediante sequestro", mas as investigações prosseguem pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) da cidade.
  • Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou a localização do corpo da vítima. "Foi requisitada perícia para o local e diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias e autoria do crime", adiciona a pasta.

"Salve geral" do PCC

O termo "salve geral" foi popularizado após a onda de ataques promovida pelo PCC em 2006, quando 59 agentes públicos foram mortos. A Sintonia Final, composta por líderes do alto escalão da facção, usa a instância máxima do crime para tomar decisões e ordenar suas execuções dentro e fora do sistema prisional.

O mais recente "salve geral" foi apreendido com presos da Penitenciária de Parelheiros, na zona sul de São Paulo, em setembro do ano passado, determinando que agentes penitenciários paulistas sejam identificados.

No documento manuscrito, obtido pelo Metrópoles, é dado o prazo de 30 dias para que os criminosos responsáveis pelos presos de pavilhões ou raios, chamados de "jets", levantem os nomes e endereços de dois agentes penitenciários por unidade.


Metrópoles

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