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VÍDEO: jornalista homofóbica ataca novamente, desta vez no seu prédio

Dois dias após ser presa pelo mesmo motivo, Adriana foi filmada proferindo xingamentos homofóbicos e fazendo insinuações a respeito da vida sexual


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VÍDEO: jornalista homofóbica ataca novamente, desta vez no seu prédio

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A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, foi flagrada, nesta segunda-feira (16), cometendo mais um ataque homofóbico em São Paulo. Dois dias após ser presa por ofender um homem com expressões preconceituosas no shopping Iguatemi, ela voltou a protagonizar cenas de intolerância, desta vez no saguão do condomínio onde mora, no bairro de Higienópolis, região central da capital.

De acordo com o relato das vítimas, três homens foram alvo das ofensas. Ao avistá-los no hall do prédio, Adriana passou a proferir xingamentos homofóbicos e a fazer insinuações sobre a vida sexual do grupo.

Em vídeos gravados pelos próprios agredidos, a jornalista aparece chamando os homens de "boiolas" e "gaiola das loucas", em referência ao clássico do cinema LGBTQIA+. Nas imagens, ela também faz comentários de cunho sexual, dizendo que eles "querem dar o c..." e que mantêm relações "a noite inteira".

Prestou depoimento e foi liberada

A Polícia Militar foi acionada e encaminhou Adriana até uma delegacia da região. Ela prestou depoimento e foi liberada em seguida. As vítimas informaram que vão registrar uma queixa-crime contra a agressora.

"Foi um momento extremamente constrangedor e humilhante, que nos expôs de forma cruel e injusta", afirmou Gustavo Leão, uma das vítimas do ataque.

O caso será investigado como crime de injúria por preconceito, com base na legislação que prevê punição para atos de LGBTfobia no Brasil.

Que é a jornalista

A jornalista Adriana Ramos, de 61 anos, tem no currículo passagens por veículos como EPTV — afiliada da TV Globo em Campinas —, TV Cultura, Record, RIT TV e Globo São Paulo. Ela também atua atualmente na área de assessoria de imprensa, segundo informações das redes sociais.

Adriana foi repórter e apresentadora de telejornais regionais da Globo na cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, entre as décadas de 1980 e 1990.

Relembre o caso

Às vésperas da 29ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, o Shopping Iguatemi, localizado na zona oeste da capital paulista, foi palco de uma agressão homofóbica. As informações são do G1.

Uma mulher foi flagrada por testemunhas discutindo com um homem e outras pessoas. Em determinado momento da confusão, ela passou a proferir ofensas como "bicha nojenta" e "assassino" contra o rapaz. A mulher foi presa em flagrante pelo crime de homofobia.

Agressora diz que se sentiu provocada e admite ofensas

Em entrevista à TV Globo, a mulher declarou que o homem e seus amigos teriam debochado dela. Ela relatou que estava ansiosa por conta de uma cirurgia no joelho e que reagiu de forma impulsiva, mas reconheceu o erro:

"Eu estava ao telefone, eu vou ser operada no dia 27 do joelho, vou colocar uma prótese [...]. Estou muito ansiosa, muito nervosa, comecei a chorar ao telefone. E esse grupo que estava ao lado começou a rir. Quando eles começaram a rir, eu desliguei o telefone, levantei o braço e pedi a conta. Falei 'por favor, traz a conta, eu quero ir embora'. [...] Eles estavam rindo de mim, falaram que eu tinha que ser anestesiada.[...] Aí, ele se manifestou, disse 'fala baixo', 'cala a boca'. [...)]. Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de 'boiola'. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de 'velha'. [...] Sim, me arrependo"

Vítima relata descontrole e insultos no local

O homem agredido relatou que a mulher estava visivelmente alterada e começou a gritar por atendimento em uma cafeteria do shopping. Ele tentou acalmar a situação, mas foi atacado verbalmente:

"A gente estava tomando um café. Era por volta de 3h30 da tarde. Uma senhora sentada na mesa do lado começou a pedir pela conta, descontrolada, falando bem alto 'eu quero minha conta', 'eu quero ir embora', 'eu quero minha conta', 'eu quero ir embora'. Ela pedindo insistentemente, falando bem alto [...] A moça fez um sinal de que já iria. Daí, intervi, falei 'calma, ela já virá, já deu o sinal'. Daí ela se descontrolou, começou a me atacar diretamente"

Shopping Iguatemi e SSP se posicionam

O Shopping Iguatemi divulgou nota lamentando o ocorrido e reforçando seu compromisso com a diversidade:

"O shopping lamenta a ocorrência entre os dois clientes em uma das suas operações, esclarece que prestou todo o apoio necessário e segue à disposição das autoridades competentes. O empreendimento reforça que o respeito à diversidade — em todas as suas formas — é um valor inegociável e repudia qualquer ato de discriminação e intolerância."

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou a prisão:

"Uma mulher de 61 anos foi presa em flagrante na tarde de sábado (14), em um shopping na Avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul da capital. Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, constataram que a mulher havia proferido ofensas homofóbicas a um homem, de 39 anos."

Ela foi solta após audiência de custória e terá que cumprir medidas cautelares.

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