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Os policiais da 37ª DP (Ilha do Governador) indiciaram, nesta sexta-feira (27), mãe e padrasto por tentativa de homicídio e tortura contra a filha de 4 anos, que permanece internada em estado grave no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (UFRJ), na Ilha do Fundão, na Zona Norte.
No último dia 6, a menina deu entrada no hospital com quadro de sepse abdominal, perfuração do duodeno e fratura no braço esquerdo, levantando suspeitas de violência doméstica. As investigações revelaram que o padrasto submetia a vítima a rotinas de violência física e psicológica, incluindo agressões com tapas, socos, trancamento em cômodos escuros e ingestão forçada de fezes. A perfuração grave do órgão foi causada por uma joelhada no abdômen.
Mensagens extraídas do celular da mãe apontam que ela sabia das agressões. Em um dos diálogos, ela afirma: "eu vi você dando uma joelhada nela". Em outro momento, reconhece: "ela não para de vomitar um líquido verde… Não posso levar na UPA pra não dar m...". Para a polícia, a conversa confirma que a mulher optou por não buscar atendimento médico para evitar a prisão do companheiro.
Com base na investigação, a 37ª DP (Ilha do Governador) entendeu que há indícios suficientes de que ambos os responsáveis, agindo por ação ou omissão, contribuíram para o sofrimento físico e psicológico intenso da criança. Com isso, eles foram indiciados por tortura e tentativa de homicídio qualificado, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Rio para análise e oferecimento da denúncia. O padrasto foi preso no último dia 16, mas a mãe segue foragida.
O dia