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Ciúme e sangue: o crime envolvendo um ex-estagiário e um pesquisador da Embrapa

Enzo Cardoso Vaz Ribeiro, 22 anos, esfaqueou o ex-companheiro dentro da Embrapa, por não aceitar o fim do relacionamento com a vítima


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Ciúme e sangue: o crime envolvendo um ex-estagiário e um pesquisador da Embrapa

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O ex-estagiário da Embrapa Enzo Cardoso Vaz Ribeiro (foto em destaque), 22 anos, esfaqueou um pesquisador, de 25 anos, dentro de um laboratório de biotecnologia da instituição na última segunda-feira (6/10). De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por ciúmes, após Enzo não aceitar o fim do relacionamento com a vítima.

Conforme informações colhidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Enzo estaria perseguindo o ex-namorado. Testemunhas também afirmaram ter visto o ex-estagiário espreitando próximo à porta do laboratório em que o rapaz trabalha, pouco antes de a vítima chegar.

No currículo publicado no Lattes, Enzo se apresenta como graduado em ciências biológicas pela Universidade de Brasília (UnB). Ele também afirma que já foi bolsista de projetos de iniciação científica, tecnológica e à docência, sendo uma das experiências na Embrapa.

Em depoimento aos policiais, a vítima relatou que já havia registrado boletins de ocorrência contra o ex-companheiro por causa das perseguições que sofria.

Na segunda-feira, por volta das 12h40, Enzo invadiu o laboratório, puxou o ex-namorado, jogou um spray no rapaz e, na sequência, começou a esfaqueá-lo. A vítima foi atingida por, ao menos, cinco facadas.

No momento da agressão, uma outra pesquisadora que estava no local gritou por ajuda, e outro servidor conseguiu conter Enzo até a chegada da Polícia Militar do DF (PMDF). Os militares realizaram a prisão do ex-estagiário e o conduziram para 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). O caso é investigado como tentativa de homicídio. Durante a ação, foram apreendidas duas facas sob a posse do agressor - uma delas estava escondida na mochila que o autor carregava.

O alvo do ataque recebeu atendimento médico e foi encaminhado para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) em estado grave, onde permanece internado. A reportagem apurou que o quadro do pesquisador é estável.

Em depoimento, Enzo afirmou que ele era perseguido e difamado pela vítima. Esclareceu, ainda, que estava na Embrapa, pois trabalha como estagiário no órgão. Pontuou que teve discussão com o ex-companheiro por mensagens e que, quando chegou ao local, começaram a discutir no interior do laboratório.

Segundo o autor, a vítima teria começado a agredi-lo e indicado que pegaria um objeto para feri-lo, ao que ele teria se adiantado, pegado uma faca que estava no local e desferido os golpes no ex.

Questionado sobre a outra faca encontrada em sua mochila, respondeu que havia outra arma branca consigo, depois entrou em contradição a respeito de quantas facas portava e qual utilizou na ação criminosa e, então, decidiu exercer o direito ao silêncio.

Enzo teve a prisão convertida em preventiva e foi indiciado pelo crime. A PCDF apreendeu o aparelho celular dele e representou pela quebra do seu sigilo telefônico, a fim de que sejam obtidos outros elementos informativos para elucidação dos fatos.

Crachá recolhido

Por meio de nota, a Embrapa confirmou o incidente violento ocorrido nas dependências do órgão e esclareceu que o ex-bolsista responsável pela agressão foi desligado da instituição em julho, ocasião em que foi recolhido seu crachá.

"Não há registro de autorização para entrada do agressor na Embrapa na data de hoje. A empresa está verificando como ele teve acesso ao local, uma vez que não estava autorizado", disse a instituição. "A gestão da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia lamenta profundamente o ocorrido e informa que está colaborando integralmente com as autoridades competentes para o esclarecimento total do crime", completou.

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